Fomos tomados, durante a semana passada, após o choque da notícia do acidente do avião que vitimou quase todos os atletas do time de futebol da Chapecoense, por uma onda de solidariedade que impressionou, em sua maioria.
E foram as mais diversas demonstrações. Desde as manifestações de respeito nas variadas ocorrências esportivas mundiais até o inusitado e generoso consolo da mãe, que perdeu o filho atleta, ao jornalista emocionado.
Nesse contexto, recebi uma mensagem de uma amiga, conclamando-nos à coragem de declarar-nos aos amigos em vida, dizendo-lhes o quanto os amamos. Achei interessante a proposta. Como é difícil, em nossas relações diárias, parar um pouco o correr dos dias e declarar-nos aos amigos. "Olha, você é importante para mim, viu?", "Obrigado por você existir...", "Eu te amo..."... e coisas do tipo. É difícil. Vivemos em uma sociedade cultural em que valorizamos mais as relações e as pessoas quando elas não mais existem. Talvez por isso, comovemo-nos mais nas tragédias - grandiosas ou não - do que nas rotinas cotidianas.
E as rotinas cotidianas, quando estamos despertos, também reservam-nos momentos dignos de comoção.
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