segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Sobre mudanças e a Teoria da Complexidade

Nestes momentos em que, praticamente, deixamos as coisas acontecerem para fecharmos, apressados, este ano tumultuado politico-economico-socialmente falando, acredito que vale a retomada de um movimento mais lento para apurarmos uma reflexão sobre a necessidade de mudanças - urgentes! -, que todos pretendemos e queremos.
A ideia de mudança, infelizmente, está mais no plano das ideias. A realização de uma mudança qualquer exige desprendimento e esforço altos. Se fizermos uma rápida enquete, provavelmente o resultado será o de uma pretensão pelas mudanças... então, a questão está, sim, no plano das ideias. Mas, se aprofundarmos a mesma hipotética enquete, complementando-a por referências de ações que estamos fazendo para essas mudanças acontecerem, talvez as respostas ficarão no vazio.
Participar dos processos de mudança exige de nós posturas e atitudes que transcendam nossos movimentos individuais e pequenos. É preciso estar disposto a uma revisão contínua de ações e determinações, já que os níveis de exigências para o alcance das mudanças serão elevados.
Há, também, de se pensar na ideia de complexidade da vida, segundo a qual as ocorrências da vida não podem ser estabelecidas ou analisadas de forma simples - é preciso pensar na totalidade das relações alcançadas por aquelas ocorrências. Não se pode dividir em partes, é preciso pensar no aspecto integral em que se evoluem os acontecimentos. Daí ser complexo.
E o que mais fazemos em nossos movimentos da vida é a tentativa de simplificar todos os processos que nos acometem, em um caminho de estabelecermos zonas de confortos plenas... Toda e qualquer mudança caracteriza-se, conceitualmente, justamente por nos afastar das zonas de confortos.
Mas isso não é ruim. Ao mesmo passo em que nos afastamos das zonas de confortos, estamos aprimorando nosso crescimento - social, espiritual, acadêmico, cultural, profissional etc. E as mudanças, aqui está a chave, é o pressuposto da nossa evolução.
Quando passamos a enxergar a totalidade da vida, nossa predisponibilidade aos vieses da mudança ganha outros contornos e ficamos prontos, além dos caminhos do nosso desenvolvimento, aos rumos de desenvolvimento do nosso entorno.

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