terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Planejamento

Para muitos professores, esta semana é a já clássica Semana de Planejamento. Lamentavelmente, nem todos os colegas levam muito a sério esse momento – na maioria das vezes, o tal planejamento resume-se a uma cópia de manuais pasteurizados, de materiais didáticos e/ou de formulários de outros colegas (que por sua vez, são cópias de anos anteriores). É preciso, então, em nome de uma Educação de melhor qualidade, conclamar todos à seriedade deste quesito.
É cultural que o professor tenha certa ojeriza aos procedimentos burocráticos, o que justifica a ausência quase sempre da elaboração de um planejamento. Ainda mais, se pensarmos que a maioria dos materiais didáticos já traz essa variável adiantada – na maioria das vezes, apenas a copiamos. Se pudéssemos perceber que o planejamento deveria ser compreendido como um caminho de condução a partir de estratégias pensadas para que as ações tenham alcance, talvez não tivéssemos tanto distanciamento assim dessa fase. E é fato que poucos de nós nos dediquemos ao planejamento com responsabilidade e afinco. Aqueles tópicos que constam dos planejamentos prontos, os que encontramos nos materiais didáticos, até são verdadeiros referenciais. Falta-nos apoiarmos em tais referenciais para, de fato, perfazer nosso compromisso de ação. E perceber, ainda, que deve haver uma singularidade nessa ação. Essa singularidade vai exigir posicionamentos singulares, tomadas de decisões singulares, avaliações singulares etc.
Outra questão a se fazer é sobre a ideia de coletividade, que nos cerca. Fazemos parte de um grupo (o grupo dos alunos, o grupo dos professores, o grupo dos pais, o grupo da rua, o grupo da escola, o grupo da cidade etc), e é necessário que tenhamos esse valor quando pensamos em planejar as aulas, as avaliações e tudo o mais. Via de regra, o conceito fica restrito à individualidade (do professor, da disciplina, do aluno) e não corresponde à realidade factual do entorno a que estamos inseridos.
O planejamento deve ser um documento real e elaborado, e que contemple as nuances mais objetivas do fazer pedagógico. Se for assim, certamente, o educador reflexivo vai perceber que, na burocracia daquele procedimento, reside uma organização primorosa que busca redimensionar, positivamente, seu trabalho.


A ideia desse post está mais bem desenvolvida no artigo
Educar é uma Festa, de minha autoria,
que pode ser lido na íntegra a partir do acesso ao link abaixo:
http://pt.scribd.com/doc/50656117/EDUCAR-E-UMA-FESTA


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Preparo e Determinação

Eis aí duas variáveis a que se deve deter qualquer profissional compromissado: preparo e determinação. Em Educação, além de não poder ser diferente, é extremamente importante a atenção a esses aspectos.
Por preparo, cabe entender que, na sociedade moderna em que vivemos, somos exigidos a estar sempre conectados ao nosso campo de conhecimento. Como em Educação, o campo de conhecimento vai além do preparo técnico e/ou específico, é necessário que estejamos o tempo todo em constante estudo dos processos de desenvolvimento humano. O que, na realidade, resume-se todo o fazer pedagógico: promover o desenvolvimento humano – intelectual, emocional e vivencial.
O preparo intelectual é o que nos subsidia às relações de leituras do mundo e de formação analítica dos conceitos e realidades que nos cerca; o preparo emocional consolida-nos o equilíbrio para lidar com as inúmeras relações pessoais e aspectos subjetivos que estão ao nosso entorno; o preparo vivencial é o que nos molda como seres humanos que se relacionam com outros seres humanos.
É a medida de o quanto estamos preparados nessas variáveis que nos facultam promovê-las nos educandos.
A determinação dá-nos a medida da persistência em que acreditamos. Seremos determinados quando, na consciência do nosso preparo, soubermos exatamente o caminho de nossas metas.
É preciso que vejamos, então, que preparo e determinação são elementos internos e indissociáveis de constituição da nossa identidade profissional. Ser Educador é motivar-se, ininterruptamente, a tais aspectos de requisito relevante para um trabalho de boa qualidade.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Feliz 2013, com Novas Atitudes e Mais Reflexão

Começa 2013! O início de um novo ano é sempre momento de pensarmos na renovação. Renovação de caminhos, de posturas, de reflexões. Em Educação, exige-se cada vez mais que adotemos uma postura reflexiva a respeito de nossas ações. Ainda que estejamos em férias, longe das escolas e dos alunos, vale pensar em reservar um tempo para aguçar essa necessidade.
O professor precisa estar sempre antenado, sempre captando o mundo que lhe cerca. É, não há descanso... O que é bom, porque será dessa atitude de trazer consciente, em constantes caminhos, o pensamento de seu trabalho que resultará a boa qualidade do seu fazer pedagógico.
Amplie suas leituras, veja filmes bons, permita-se idas a museus e espaços culturais, escute as pessoas, faça anotações, encante-se um pouco com a poesia da vida... Há tanta coisa boa a ser feita em nome do exercício dessa capacidade reflexiva, que não há como ficar alheio a tudo isso.
Que este ano que se inicia traga-lha muitos e bons motivos para que a sua identidade docente fique cada vez mais fortalecida. E que, desse fortalecimento, resultem alunos mais preparados, aulas mais instigantes, ações mais significativas, relações mais consolidadas.
Um grande ano para o seu trabalho na Educação!