sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Para refletir - Fazer dos dias algo inesquecível


quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Anotações - Competição

Essa é mais uma das inúmeras lições que trago do mundo esportivo. É preciso saber competir. No espaço de desenvolvimento pessoal, ouço muito falar do caráter de competitividade: "Fulano é muito competitivo!". Conhecendo melhor a pessoa, percebo que, na verdade, a frase soaria melhor assim: "Fulano não sabe perder!".
É muito diferente!
Saber competir é entender que a natureza do jogo tem suas particularidades - algumas controláveis, outras nem tanto -, e que tanto as vitórias quanto as derrotas são pressupostos de aprendizagens (assim mesmo, no plural). Não se concebe a participação no jogo valendo-se das exatidões em que se configuram as derrotas e as vitórias... Não se proclama: "Vou ganhar..." ou "Vou perder". O que acontece, de fato, é que se sobressaem todos os esforços dos treinos e dos estudos das variáveis da competição para que o competidor busque fazer o seu melhor. E o melhor nem sempre é a vitória.
Na cabeça de quem está competindo passam-se os mais diversos pensamentos, todos eles plenos da história das formações variadas por que o sujeito passou. E é justamente em nome desse histórico de formação, que tanto a celebração da vitória quanto a chateação da derrota duram um tempo curto, que marca o preparo de uma nova competição. E de mais uma aprendizagem.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Anotações - Design de sistemas

Entrei em contato com o conceito de design de sistemas ao ver o texto de Denis Russo Burgierman, Diretor de Redação da Editora Abril, que abre a revista Superinteressante deste mês próximo. Disse assim, lá, o jornalista: "Fazemos melhor as coisas quando trabalhamos em sistemas bem desenhados... Comportamo-nos mal em sistemas malfeitos...".
Pensei, de imediato, na responsabilidade da Educação. Ainda que trabalhemos em sistemas malfeitos, com suas imperfeições as mais diversas, é necessário que busquemos o aperfeiçoamento dos desenhos daquilo que emperra o encaminhamento dos trabalhos. O entendimento do viés sistemático, em um trabalho que envolve tantas personas, é o diferencial de uma realização positiva.
Todas as ações, por mínimas que sejam, guardam implicações diretas em outras vias. E o quanto essas vias estiverem imbuídas das percepções de importâncias entre si é o que vai representar os melhores encaminhamentos para as mais diversas demandas. Faz-se necessário que seja assim, que os laços estejam estreitados entre os mais diversos pontos do sistema, para que os trabalhos sejam mais significativos e carregados de positividade.
Por assim dizer, o trabalho de qualquer profissional de Educação é estar atento ao melhor desenho dos sistemas que envolvem o desenvolvimento das ações.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Sonhar

Sei que é indelicado ficar atento a conversas alheias, mas a fala de uma das meninas, que sentaram à mesma mesa em que eu estava, deixou-me inquieto. Parece que elas estavam falando sobre o sonho (desejo) de alguém, quando a mocinha disse: "Eu não tenho nenhum sonho...". Não ouvi mais nada. Eu havia acabado de escrever um dos textos que abordava, justamente, a questão do sonho... Como assim não ter nenhum sonho? Achei que tinha escutado errado. Jovem, aparentemente inteligente... como assim? E aí, ela desandou a fazer brincadeiras com a ideia de não ter sonhos... Como assim não ter sonhos algum, e ainda fazer troça disso?
Quis participar da conversa e dizer sobre desejos e busca de realizações. Dizer um pouco que a vida, para ser vivida, precisa de sonhos, de desejos...
E aí peguei-me à volta com uma das questões que mais me acometem, quando penso na ideia de desenvolvimento pessoal. Somos levados, por uma cultura da utilidade e da boa formação, a acreditarmos que a palavra "sonho" está impregnada de uma visão poética e destituída de seriedade. Parece que fomos levados a pensar na referência de sonho como algo que se destitui de responsabilidade.
Mas não é bem assim. A responsabilidade é um dos pressupostos de o quanto conseguimos lidar com as nossas obrigações. O sonho é o espaço que precede as realizações. São coisas distintas.
E é nesse espaço que precede as realizações que nascem nossas idealizações... ou, pelo menos, deveria ser. O quanto alimentamos de desejos os caminhos que perfazem as idealizações do que queremos é o que deve determinar os esforços de nossa determinação - é aqui, que os sonhos ganham contornos de seriedade e racionalidade.
O esforço de nossa determinação deverá ser diretamente proporcional a nossa quantidade de desejos, de sonhos. Foi aqui que a fala das meninas me incomodou. Ora, se não tenho sonhos, o esforço de minha determinação poderá ser zero, que não há problema algum. Mas não se concebe um caminho natural de evolução em que a determinação seja nula, uma vez que estamos, no caminho, direcionando nossa trilha para a busca da realização de algum desejo. Tenha ele o tamanho e a importância que tiver, o fato de nos levantarmos e andar ao rumo de algum objetivo (ir até a janela contemplar o horizonte ou realizar a maior empreitada possível) já implica a elaboração de um desejo, de um sonho, por assim dizer.
Quero acreditar que a fala das meninas tenha sido motivada, justamente, pelo preconceito que se tem em relação ao aspecto de sonhar - como se fosse o movimento para algo inalcançável. E que, certamente, elas, em seus movimentos mais internos, saibam que sem sonho algum não há realização alguma.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Anotações - Empreendedorismo e sonhos

Somos todos feitos de uma matéria que se agarra, indissolúvel, aos sonhos e, desesperadamente, busca realizá-los. Quando não conseguimos, parece o fim do mundo e uma angústia toma conta dos pensamentos e das ações. Não se preocupe, é assim mesmo para todos que acreditam naqueles sonhos. E deve ser assim mesmo, para não nos distrairmos pelos caminhos. A angústia bem pode ser compreendida como um alerta... aliás, só pode ser compreendida como um alerta.
O caminho do empreendedorismo não é dos mais fáceis, é verdade. Mas empreender não é rotina diferente da vida. Todos os dias, você acorda e é bom que tenha um objetivo claro e determinado para esse dia... Até porque, senão, seria melhor continuar na cama. Mas você não continua na cama, levanta, sacode a poeira e desperta para os sentidos, cheio da crença de que tudo vai dar certo.
É preciso, apenas, juntar atitudes e ações a essa crença. Organizar-se em planos, cercar-se de bons parceiros, vestir-se de renovadas determinações, aprender novas competências e habilidades, abrir os olhos ao mundo que lhe cerca, ouvir os sinais que chegam disfarçados de inspirações, reconhecer limites (e, se possível, superá-los), estar disponível a novos caminhos e rotas que podem ser alternativas aos caminhos habituais, ser sincero em seus movimentos... e por aí vai.
Empreender é viver!

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Anotações - Ordens mentais

Para além da piada do sujeito que justificou o fato de falar sozinho por gostar de conversar com pessoas inteligentes, o fato de você estabelecer uma conversa consigo mesmo pode ser convertido em elemento de motivação.
Pensei muito nos atletas, de quem gosto de observar comportamentos e atitudes, principalmente aqueles de competições individuais. Antes da execução de sua habilidade, ele gasta um tempo revendo, mentalmente, as variáveis que perfazem o desenvolvimento de sua especialidade; neste momento, ele trava uma conversa consigo mesmo, apontando para si os melhores e os mais perfeitos caminhos da execução de sua prática esportiva. Provavelmente, esses caminhos foram treinados à exaustão e discutidos por intermináveis vezes com o seu treinador ou sua equipe. Seguramente, naquele momento, além de repassar tudo o que foi treinado, há também a referência de gestão de quem se assegura de analisar os rumos previstos, ajustando-os às adversidades do momento. Mas, também, há uma espécie de conversa mesmo, algo até intimista, suponho, de quem fica se lembrando para ser melhor do que na prática anterior.
E nessa conversa, há todo um jogo de ordens mentais, como de quem busca armazenar preceitos e dispositivos para que o foco esteja na superação do que já tenha sido. Essa, na minha opinião, é a melhor motivação. Uma conversa ensimesmada, na busca de fazer o melhor.

domingo, 18 de setembro de 2016

Problemas técnicos

Em virtude de problemas técnicos, deixamos de publicar o texto desta segunda-feira, dia 19. Amanhã, retornamos com as publicações normais.
Obrigado pela compreensão.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Anotações - Ver

Há um cartaz interessante nos postes da cidade. Uma imagem de um gato ilustra a pergunta: "Você viu esse gatinho?  Ele não está perdido, nem nada. Eu só queria que você o visse".
O cartaz brinca com aquelas mensagens de animais perdidos, que tanto comove os passantes, e, inevitavelmente, as pessoas são levadas a pararem para pensar na comunicação. É interessante! E aí vem a reflexão curiosa: o cartaz só queria que víssemos o tal gatinho. Aliás, é a sua pergunta inicial.
Para além de muitos símbolos que há na mensagem, há a sempre questão de o quanto estamos deixando de ver as coisas ao nosso redor. Movidos pela pressa, pela desconfiança, pela absorção dos equipamentos tecnológicos, estamos mais e mais nos voltando para os espaços internos de percepção... deixamos, cada vez mais, de olhar para o externo. É até sintomático que, a cada dia, mais e mais pessoas adquirem o hábito de movimentarem-se de cabeça baixa, voltados para as diversas funções dos sempre avançados aparelhos celulares, deixando escapar referências importantes do cotidiano.
E, assim, vamos levando a vida. Deixando de perceber o outro. Deixando de perceber os caminhos. Deixando de perceber as mensagens do dia a dia. Deixando de olhar as sensações que se descortinam pelas janelas. Deixando de conversar com os outros passantes. Deixando de sentir a vida que se abre aos olhos. Deixando de perceber as oportunidades que nos veem. Deixando de lado as referências poéticas da existência... Mas, também, deixando de lado as referências técnicas e racionais da mesma existência... Enfim, vamos estreitando nossa visão de tudo o que nos completa.
O cartaz que apenas queria que víssemos aquele gatinho conduz-nos a uma grande inquietação de o quanto estamos nos constituindo.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Anotações - Emprego e trabalho, uma reflexão sobre o empreendedorismo

O palestrante, em um workshop de que participava, ao referir-se à situação de desemprego, tascou: "As pessoas estão procurando emprego... mas não tem emprego. Elas deveriam procurar trabalho... trabalho tem bastante!".
Eis aí uma bela e eficiente definição do empreendedorismo. As relações de emprego estão vinculadas a situações externas: referências políticas, econômicas etc. A ideia de trabalho está relacionada aos aspectos internos de formação pessoal: toda a capacidade de você identificar uma oportunidade, relacioná-la com competências e habilidades que possui e desenvolver as estratégias de transformar aquilo em um negócio.
O emprego não depende de mim, vincula-se a aspectos do macrocosmo, sobre os quais não temos controle. É preciso que haja referências globais que se harmonizem quanto aos aspectos de oferta e de demanda, não controláveis por minha vontade. A existência de vagas de emprego preciso estar em consonância com o número de desempregados, para que não haja desequilíbrio e a posterior verificação de difícil acesso... Aliás, é o que mais verificamos: difícil acesso, explicado por uma situação de desequilíbrio constante - via de regra, há mais desempregados do que a oferta de empregos.
Quando se pensa em trabalho, toda a gama de variáveis volta-se para a capacidade interna. É possível enxergar um trabalho onde a capacidade de realizá-lo acontece. E é na pessoa que essa capacidade de realização explica-se. Quem consegue realizar um trabalho, com dignidade, honestidade e senso de oportunidade, dificilmente aperta-se em meio às intempéries. É claro que é preciso reforçar as variáveis ditas aí acima: o sujeito precisa desenvolver habilidades e competências, vinculadas a sua predisposição de formação contínua. Quanto mais ele se dispuser aos aspectos de formação, tanto mais as oportunidades de trabalhos lhe serão reais.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Mover-se

Pensei nas folhas caídas das árvores... Parece sofrimento, em uma remissão à ideia de morte. As folhas caídas, a árvore despida, sem flores, sem cores, a vida que se foi. Mas, como na história do Buscaglia (*), as folhas caídas são o alimento para que a árvore renasça nas outras primaveras.
E penso que há muita relação entre a visão das folhas caídas - e esse viés reflexivo - com os nossos caminhos de desenvolvimento pessoal. Sobretudo, a partir do conceito de mover-se a algum lugar.
Não se pode conceber a referência da estagnação quando se encaminham os pressupostos para os trilhos da evolução pessoal. No movimento é que se encontram todas as perspectivas e possibilidades de transformação. A grande questão é que está, também, no movimento todos os riscos e ousadias do mundo. Daí, a ideia de medo quando se pensa em mover-se em direção a algo. O movimento, de alguma forma, revela muito do inesperado. Daí, também, que parece estar contida, na ideia de movimento, a referência do perigo... E, assim, para alguns pensamentos, mover-se parece atrelar-se a um rumo desconhecido, em que pairam todos os temores do mundo. Na mesma história do Buscaglia, a folha tinha medo de morrer... E é amparada, por uma máxima filosófica: "Todos temos medo do que não conhecemos...". Mas é preciso enfrentar o desconhecido, nesta aventura que se chama "conhecimento".
O conhecimento é um dos resultados do mover-se para algo. Faz-se necessário preparar-se para o tal do inesperado, do desconhecido. E é aí que se revela importante o quanto de energia se transferiu para a busca do conhecimento. Repita-se: esse movimento, esse gasto de energia traz à tona todo o cansaço possível. Às vezes, quando faz parecer que não suportaremos, a vontade é a de encostar-se a um canto, em um estado de quase morte, como quem não consegue dar mais um passo. Nessa hora, pense, também, nas folhas caídas das árvores: não é um fim; é um revelar-se de outro caminho, sabe-se lá com que configuração, que se demonstra necessário para a retomada da vida.
É assim que é o movimento: a busca de uma configuração que transforma a vida! E aí, damos mais um passo... alargamos mais o horizonte, na busca de outras contemplações... enxergamos outras possibilidades... estabelecemos novos aprendizados... vislumbramos rotas não previstas... e damos outros passos. Quando percebemos, a quase morte transfigurou-se em uma nova vida. Afinal de contas, a ideia de morte, de fim, está mais associada à estagnação do que ao movimento.

(*) A história de uma folha, Leo Buscaglia.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Anotações - Aprender, desaprender e reaprender

Dias desses, chegou-me, através das redes digitais, uma frase atribuída ao escritor e futurista Alvin Toffler, falecido recentemente, aos 87 anos: "Os analfabetos do século 21 não serão aqueles que não sabem ler e escrever, mas aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender.".
A frase é emblemática para refletirmos sobre os processos de aprendizagem. Longe de pensar a aprendizagem como algo finalizado, pronto, acabado, a mensagem nos convida a pensar o ato de aprender como algo que se reconfigura em um moto contínuo de mudanças de fases. Aquilo que eu aprendo, tenho que estar preparado para a possibilidade de desaprendê-lo, no sentido de reaprender, de enxergar uma nova forma - um novo olhar - de construção do conhecimento. A ideia de reconfiguração cabe bem aqui: modificar as variáveis de aprendizagem.
Não há ideia estanque de evolução. O processo todo é dinâmico e exige perspectiva de mudança e de renovação do olhar.
Àquela variável de aprendizagem como algo fixo, colocamos o sentido de revisão e de reformulação... E é assim com a vida, com os caminhos naturais que enfrentamos em nosso crescimento. Às vezes, um conhecimento serve; às vezes, não. É preciso redimensionar toda a nossa visão do mundo e as leituras que nos chegam, em um movimento constante de busca de replanejamento das linhas e dos caminhos que tomamos.
Quando estivermos plenos desse propósito - aprender, desaprender e reaprender - é que estaremos conscientes dos rumos de nossa evolução pessoal.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Anotações - Autoconfiança

Dito assim, de saída, a referência de autoconfiança parece ter algo de vaidade, de ensimesmamento, de quem não enxerga os outros. E pode bem ser isso mesmo. Mas a característica de autoconfiança vai um pouco mais além do superficial desses conceitos.
O sujeito autoconfiante é, conceitualmente, alguém que acredita muito em si. E há, pelo menos, dois caminhos interessantes de pensamentos sobre o fato de acreditar muito em si mesmo: um é o do caminho de quem menospreza os seus concorrentes, em uma variável de desrespeito às competências alheias, na visão unilateral de suas potencialidades; outro, é o do caminho de quem acredita muito em suas próprias habilidades, na fundamentação de quem muito se preparou, alargando a visão para todas as nuances que estiverem ao seu redor.
E é com esse último conceito que nos apegamos, aqui, na defesa da variável de preparo e fundamentação para o enfrentamento dos desafios, no processo natural de desenvolvimento humano. Os desafios surgirão, invariavelmente, e é necessário que estejamos bem preparados para eles. Estar e ser autoconfiante, nesse pressuposto, é pensar-se altamente fundamentado para as provações que surgirem, em uma revisão constante dos caminhos de formação. Sem precisar desmerecer quem quer que seja.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Viver a vida

Nas trilhas do desenvolvimento pessoal e nos processos naturais de evolução pessoal, fomos apresentados ao conceito de seriedade. Precisamos ser sérios e responsáveis, é o que nos dizem as máximas de evolução. E a esse conceito, deixamos de lado os aspectos de alegria da vida, já que a ideia de sorrir e de ser feliz opunha-se ao sentido de seriedade. Quanto mais aparentarmos seriedade, tanto mais nos apontarão como pessoas responsáveis.
E assim vivemos a vida negando os conceitos de felicidade, já que fomos nos acostumando aos princípios dos sacrifícios - quanto mais nos sacrificarmos em relação aos caminhos que tomamos, tanto mais adotaremos posturas e comportamentos de pessoas responsáveis... O pior de tudo é acreditar nessa máxima e fazer de nossa vida um porto de tristeza e de lamentações.
A dinâmica da vida não olha para alegrias e tristezas. A vida flutua ao sabor de ocorrências naturais, casuais ou não, todas elas despidas de significado valorativo - as coisas acontecem porque acontecem. Nós é que atribuímos valores a estas ocorrências. Se estamos bem e equilibrados, enxergamos tudo por uma ótica maviosa; se não estamos bem, a ótica é a do negativismo.
Precisamos aprender a viver a vida, como ela se nos apresenta. Não há maquiagem na ocorrência dos momentos... eles são porque são. Quem faz a maquiagem somos nós.
Lembro-me de uma teoria que aprendi, já há algum tempo, do encantamento da vida. Somos os únicos animais capazes de encantar e desencantar as coisas. Diante de qualquer situações que enfrentamos, podemos encantar ou desencantar as ocorrências - é assim, para ficar em uma situação trivial, que há aqueles que gostam do sol e aqueles que gostam da chuva... E não há no sol ou na chuva nenhuma referência valorativa que traga uma dimensão avaliativa para um ou para outro.
Viver a vida é reconhecer que as ocorrências dela são assim: dinâmicas e sem aspectos valorativos.
Dotados desse conhecimento, podemos passar a dar importância ao que realmente é significativo: nossa formação (vivencial, cultural, emocional etc) diante das perspectivas que me chegam (concretamente ou não). É como estou formado que me habilita a perceber os aspectos da vida.
Não é fácil falar de formação. Isso, porque fomos levado por outra instância cultural: a das avaliações. Os sistemas tentam nos balizar por parâmetros reconhecidos como medianos e de certificação. Novamente, a vida mostra-nos outros trilhos: não há sistema de avaliação que parametrize, de forma padronizada, nossa capacidade de portar-nos diante das intempéries: em algumas situações, eu reajo de um jeito: em outras, minha reação é completamente diferente.
Esqueçamos, pois, os parâmetros e os mecanismos de padronização dos sistemas diversos que nos chegam. Vivamos a vida!

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Anotações - A evolução pessoal

Na maior parte das vezes, o processo de evolução pessoal é dimensionado pelos fatores de aprendizagens por que o ser humano passa. E, em alguns casos, esses fatores de aprendizagens não representam situações suaves. Em muitos dos caminhos, o desenvolvimento é marcado por espinhosas trilhas.
Aprender algo significa reter conhecimentos que lhe serão úteis nas variáveis de evolução. E o processo de retenção de conhecimentos exige algum tipo de disposição e de entrega, às vezes superior ao que se pode suportar. Parece dramático, mas é assim que acontece. Você quer aprender algo na busca de alguma rota de desenvolvimento? É preciso um pouco de sacrifício.
E como a vida é dinâmica, não há uma carta de navegação que lhe garanta caminhos macios... Aliás, até há a tal carta de navegação, mas ela vai exigir uma postura de atenção constante, que, em alguns casos, resulta em variadas revisões de caminhos.
Dito assim, parece preferível evitar o desenvolvimento. Acontece que o ser humano está fadado a esse processo. Evoluir faz parte do ser humano. Resta-nos que estejamos preparados aos caminhos e descaminhos que surgirão.