quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Para refletir - Iluminação


terça-feira, 25 de setembro de 2018

Para refletir - Sobre o conhecimento


segunda-feira, 17 de setembro de 2018

A Educação e a busca dos fatos

Um dos efeitos colaterais mais perniciosos, nestes tempos de avanço tecnológico, é a propagação em escalas imensuráveis do fenômeno da desinformação... ou, como se chama por aí, as malfadadas notícias falsas.
Elas existem de todos os temas e assuntos. E já existiam desde os analógicos tempos dos bilhetes, jornais e qualquer outro meio de comunicação. O que preocupa, hoje, é a velocidade com que alcançam os destinos. E ainda há o problema de quem recebe essas comunicações.
Quem produz a desinformação sabe bem o que quer. Em alguns casos, é até uma mera gracinha, uma vontade de rir do descaso alheio; em outros, a intenção é mais perigosa: provocar pânicos e tendências desonestas que modifiquem e/ou manipulem pensamentos.
Os preceitos da Educação podem interferir nesse cenário. É preciso que os espaços pedagógicos, de uma maneira geral, assumam seus papéis de conscientização dos indivíduos em relação aos processos de assimilação do conhecimento. Lembremos que a toda informação que recebemos encaixa-se o necessário processo de seu processamento para sua transformação em conhecimento - a informação, por si só, não guarda, necessariamente, veracidades e confirmações. A informação, de uma maneira geral, é um dado apenas... cabe a nós, fazermos as devidas verificações desse dado (investigar, estudar,  processar, confrontar, esclarecer, checar... e por aí vai).
Dito assim, a primeira reação é a de que qualquer ação desse tipo vai exigir um certo esforço... Bom, é isso mesmo! Sim, vai exigir um esforço de cada um de nós. Mas o que está em jogo é a responsabilidade que devemos ter em relação ao convívio em sociedade.
A responsabilidade, nos ditames coletivos, é o que me leva a tomar cuidado com o outro. Aliás, tópico inerente, sem discussões, aos processos pedagógicos. Daí, minha relação que envolve a Educação e a busca dos fatos.
Quem trabalha em Educação precisa vestir-se das ideologias de transformação das sociedades. Se há uma detecção de que os caminhos desta sociedade não condizem com padrões aceitos positivamente de ética e de moral, devemos assumir a nossa consciência pedagógica de interferência nesses caminhos. Hoje, um dos desvios desses caminhos é, justamente, essa constância de desinformação de que somos somos bombardeados.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Anotações - Gentilezas

Neste mundo em que estamos, de desconfianças mútuas e de desconexões reais, o significado de demonstrar gentileza parece distante.
Mas só parece! Se você conseguir parar um pouco e perceber as nuances que estão ao seu redor, certamente, enxergará atos de gentileza por aí.
Há sempre alguém preocupado com o outro, a ponto de estender a mão... de acolher, de socorrer.
Perceba bem o que está ao seu redor. A tendência é que estejamos mergulhados em observações tão negativas, que não conseguimos captar melhor o que há de melhor e de espontâneo nas pessoas que nos cercam.
Esse exercício - o da percepção mais apurada do que está no nosso entorno - ajuda, sobretudo, a modificarmos nossos atos e atitudes. Quando nos damos conta de que o mundo não é tão ruim assim, podemos, também, rever os comportamentos que nos fizeram mais embrutecidos. Assim é que se constrói uma corrente do bem: a percepção do outro, e dos que nos fazem bem, propiciando modificações positivas em todos.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

A Educação - A arte de manter a esperança acesa

Quem trabalha com Educação, precisa saber o mantra de cor: é necessário manter acesa a esperança!
O problema é que vivemos tempos de desesperança... Como manter a esperança acesa nos alunos se os professores não sabem bem ao certo o que é essa tal de esperança?
Nos dias de hoje, seja por conta das enxurradas de notícias políticas que nos assombram, seja pelas incertezas econômicas que nos empurram para lodos inimagináveis, seja pela falta de credo nas instituições, o que é certo que acordamos cada dia menos esperançosos. Achamos que chegamos ao fim e que não há muito mais o que fazer e que tudo o que está por aí é assim mesmo e nunca teremos força para mudar isso...
O problema da desesperança é que ela não nos deixa enxergar luz pelos túneis em que passamos. E, acreditem, há sempre luz pelos túneis em que vamos atravessar!
O mundo é sempre o mesmo - acontecem coisas ruins e coisas boas. Como vivemos tempos cinzas, enxergamos só um dos lados... aliás, superdimensionamos um dos lados. As coisas ruins que nos chegam alcançam percepções extremamente superiores, a ponto de só as enxergamos e as distorcemos para algo contra o qual não se pode lutar. Não temos olhos, sentidos e percepções para o que há de bom. E, repitamos, o mundo é sempre o mesmo: coisas ruins e boas acontecem o tempo todo - não sei, ao certo, as proporções, já que em alguns momentos vislumbramos mais um rumo do que o outro... Têm ocasiões em que só acontecem coisas boas, mesmo na trilha das coisas ruins...
Pois o exercício da esperança começa, assim, com o desenvolvimento da percepção das instâncias que nos rondam. Olhe melhor para o seu entorno; aprenda a distinguir entre um lado e outro - veja bem se aquilo que lhe pareceu ruim é verdadeiramente ruim... ou se fez acender uma oportunidade de transformação para que coisas boas pudessem aflorar. Só se pode fazer, de fato, esse exercício, quando se deixa o raso daquilo que se nos aparenta.
E aqui mora um grande fator que nos empurra para o pântano da desesperança: não nos preocupamos em ficar nos rasos... Ou o que é pior - não direcionamos força e determinação para sair desses rasos, ainda que esbocemos algum resquício de movimento para o lado iluminado da força. São aqueles movimentos de apatia ou de desestímulo, em que o sujeito prefere culpar quem quer que seja (o sistema, o governo, a chuva, a falta da chuva, o dono da padaria, o trânsito, o preço da gasolina, o cachorro do vizinho... e por aí vai) a determinar-se a quebrar os paradigmas da negatividade.
Quando trabalhamos em Educação, temos que estar atentos aos exercícios da percepção real daquilo que nos chegam. Se é coisa boa, deveremos transformá-la a partir de uma consciência pedagógica para o fortalecimento da variável; se é coisa ruim, deveremos, também, buscar transformações oriundas de uma consciência pedagógica para a reversão daquela variável.
É assim que se busca a esperança, com a consciência pedagógica da transformação das realidades que nos chegam... sejam elas ruins ou boas!


quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Anotações - A (des)conexão com o mundo real

Assumo que este é um assunto recorrente, aqui nas minha publicações, mas não há muito como evitar tocar, repetidamente, nestas reflexões.
A tecnologia é, até, um santo remédio... Mas também é um poderoso veneno. E não há muita originalidade aqui, admito, já que alguém disse que a diferença entre um remédio e o veneno é a dose... E, certamente, em repetidas vezes, transpassamos o limite da dose para uma a outra aplicação.
Uma matéria não muito recente, em um blog que acompanho, toca de maneira bem interessante na questão, ao alertar-nos de que estamos desaprendendo a viver no mundo real. (Veja a matéria aqui!)
Penso que seja um cuidado constante, esse de entendermos o valor das tecnologias, sem que a deixemos sobrepor-se aos nossos interesses reais, do mundo analógico. Saber conversar com o outro, olhar nos olhos das pessoas, estarmos conectados às sensibilidades e percepções humanas... e assim por diante.
A busca da integralidade com o mundo real faz-se importante e essencial neste mundo em que, a cada dia, estranhamo-nos do envolvimento humano.




segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Crônica sobre a necessidade de aprovação

Quando um dos meus ídolos havia me dito que tinha lido o meu livro, tomou conta de mim um misto de alegria e angústia de saber o que ele havia achado.
_ Bem singelo. - disse-me ele.
_ Espero que isto seja um elogio. - Estava nervoso e torcia pela aprovação.
_ E porque você precisa do meu elogio? - Perguntou-me, assim, filosoficamente.
Devo ter parado uns bons minutos neste pensamento. Por que precisamos dos elogios? Vaidade, insegurança, necessidade de afirmação... sei lá.
E lá vamos nós, caminhando, nesta necessidade frenética de aprovação. Aprovação da nossa compleição física, das nossas posturas e atitudes, das nossas produções...
Talvez uma das soluções seja o desenvolvimento de um senso crítico mais apurado, que se adiante a qualquer mensuração externa (não que as mensurações externas sejam ruins...). O senso crítico deve ser o termômetro de qualquer movimento.
Entretanto, vivemos um momento social e tecnológico em que somos instados a seguirem determinado modelo - quase sempre inalcançável... -, que nos impele a sermos o que não somos. E o pior é que acreditamos ser possível transformar-nos no que não somos.
Nessa distorção, diminuímos toda possibilidade de desenvolvimento do senso crítico para aprimoramento de um certo senso de cópia àquele modelo que não nos pertence.
Assim, sem elaboração de um pensamento crítico, deixamos de perceber o que somos e o que fazemos de maneira mais original. E, sem essa percepção, sim, precisamos de uma aprovação externa.
Claro que é importante ouvirmos e entendermos as críticas que recebemos. Mas, de uma maneira geral, as opiniões que nos chegam estão balizadas pelos princípios básicos do "gostei" e do "não gostei". E gostar ou não gostar de algo não representa, exatamente, um pensamento crítico. Quando o nosso senso está apurado, sabemos peneirar essas manifestações: para o "gostar" ou o "não gostar", meu posicionamento é um; para as apreciações críticas e racionais, minha postura deve ser outra. Além do mais, as apreciações críticas de valor estarão muito longe dos sentidos rasos de aprovação ou de desaprovação...
É importante saber caminhar pelos rumos de captar essas diferenciações.
Meus devaneios reflexivos ainda iam longe, mas o meu ídolo, certamente cônscio do que se passava na minha cabeça, despertou-me:
_ Você não precisa dos meus elogios!