segunda-feira, 17 de setembro de 2018

A Educação e a busca dos fatos

Um dos efeitos colaterais mais perniciosos, nestes tempos de avanço tecnológico, é a propagação em escalas imensuráveis do fenômeno da desinformação... ou, como se chama por aí, as malfadadas notícias falsas.
Elas existem de todos os temas e assuntos. E já existiam desde os analógicos tempos dos bilhetes, jornais e qualquer outro meio de comunicação. O que preocupa, hoje, é a velocidade com que alcançam os destinos. E ainda há o problema de quem recebe essas comunicações.
Quem produz a desinformação sabe bem o que quer. Em alguns casos, é até uma mera gracinha, uma vontade de rir do descaso alheio; em outros, a intenção é mais perigosa: provocar pânicos e tendências desonestas que modifiquem e/ou manipulem pensamentos.
Os preceitos da Educação podem interferir nesse cenário. É preciso que os espaços pedagógicos, de uma maneira geral, assumam seus papéis de conscientização dos indivíduos em relação aos processos de assimilação do conhecimento. Lembremos que a toda informação que recebemos encaixa-se o necessário processo de seu processamento para sua transformação em conhecimento - a informação, por si só, não guarda, necessariamente, veracidades e confirmações. A informação, de uma maneira geral, é um dado apenas... cabe a nós, fazermos as devidas verificações desse dado (investigar, estudar,  processar, confrontar, esclarecer, checar... e por aí vai).
Dito assim, a primeira reação é a de que qualquer ação desse tipo vai exigir um certo esforço... Bom, é isso mesmo! Sim, vai exigir um esforço de cada um de nós. Mas o que está em jogo é a responsabilidade que devemos ter em relação ao convívio em sociedade.
A responsabilidade, nos ditames coletivos, é o que me leva a tomar cuidado com o outro. Aliás, tópico inerente, sem discussões, aos processos pedagógicos. Daí, minha relação que envolve a Educação e a busca dos fatos.
Quem trabalha em Educação precisa vestir-se das ideologias de transformação das sociedades. Se há uma detecção de que os caminhos desta sociedade não condizem com padrões aceitos positivamente de ética e de moral, devemos assumir a nossa consciência pedagógica de interferência nesses caminhos. Hoje, um dos desvios desses caminhos é, justamente, essa constância de desinformação de que somos somos bombardeados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário