quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Mensagem Especial de Ano Novo


sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Mensagem Especial de Natal


terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Anotações - Sobre a percepção

É preciso investir no desenvolvimento da capacidade de perceber o mundo ao nosso redor. É a partir dessa capacidade - a percepção - que podemos analisar melhor as nuances do que está tangenciando os caminhos que perseguimos.
A ideia de percepção, mais associada aos meios metafísicos, não é necessariamente uma questão etérea. Perceber os sinais que acontecem é um exercício constante de atenção e de observação... Pode ser compreendido como a tal leitura de mundo.
O problema maior para essa compreensão é que andamos tão distraídos e desconectados das coisas aos nosso redor, que mal nos apercebemos dessas referências externas que nos chegam.
Entretanto, é quando estivermos mais atentos a todas as instâncias que nos circundam, que poderemos captar todos os sinais que elas nos representam. Daí, é só filtrar e analisar essa percepção e transformar os sinais em referências concretas de desenvolvimento.
Que nesse final do calendário, sedentos de desejos para o próximo ano, possamos redimensionar de uma forma positiva as nossas percepções para as variáveis de conhecimentos que devem nos alcançar.
Aliás, fazer do novo ano uma concretização positiva de expectativas é uma consequência natural desse exercício de percepção.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Planos

Encaremos essa passagem no calendário, comemorada com mais distinção, como um marco de reorganização. Reorganização de trilhos, de planos, de sonhos.
É hora de realizar um balanço geral para ver o que faltou, o que sobrou, o que não estava previsto e aconteceu.
No propósito de desenvolvimento pessoal, vira e mexe, é bom que façamos estas análises. Há sempre algo a ser analisado em relação aos que nos propusemos. Mesmo que não seja agradável. É hora de rascunharmos algumas páginas com apontamentos dos nossos caminhos. Deu certo? Deu errado? O que deu errado dependia de meus esforços?... E por aí vai.
Bem sei que não temos muita tradição de análises. Somos mais pelos trilhos do improviso e os do deixa fazer. Mas, veja, meu amigo, não dá para ser assim. Ainda que tenhamos sorte, é necessário estruturar as vias de evolução.
Pegue aí um caderninho qualquer (se puder ser um especial, melhor...) e vá anotando o que achar significativo em suas empreitadas. Anote tudo: suas angústias, suas percepções, seus sucessos. E vá anotando, também, os sustos, as parcerias, o que precisa ser mudado... e por aí vai. Você vai perceber que é uma questão de hábito. Daqui a pouco, vai estar fazendo tudo isso sem sentir muito.
É assim que nos desenvolvemos. A partir do processo científico de observar, analisar, comparar, tomar decisões, rever metas, planejar e replanejar...
Quando tudo isso estiver no âmbito dos hábitos (desculpe-me pela aliteração, mas não resisti...), aproveite, também, para enxergar o que a metafísica nos apresenta.
Para além da racionalidade dos planejamentos, é preciso, ainda, deixar-se encantar pelos imprevisíveis da vida. É aqui que entram a intuição, as vicissitudes emocionais, a paixão, a magia e a poesia, que impregnam todos os nossos movimentos. Aceite tudo isso, meu amigo. Há muito de metafísica nos nosso empreendimentos.
Assim, encarar os planos com a técnica e a poética faz com que os nosso rumos sejam mais completos nesse viés de evolução positiva a que tanto almejamos.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Anotações - Um novo mundo

Um novo mundo, já há algum tempo, desenha-se para a escala da nossa evolução, com um aspecto bastante precioso às reflexões necessárias: os valores positivos podem ser caracterizados como essencialmente importantes para a busca de melhor qualidade nas ações; os valores negativos têm sido observados cada vez mais negativos.
De um lado, as referências de conectividades, associadas aos meios digitais, aproximaram as relações sociais, intensificaram os meios de aquisição de conhecimentos e, de alguma forma, representaram acréscimos nas dimensões das inteligências. Tudo isso muito positivo, quando empregado de forma 
ética.
De outro lado, vemos crescer um comportamento, também na esteira das referências digitais, cada vez mais individualista e ensimesmado. E carregado de atitudes egocêntricas, em que se perdem as instâncias de humanização. E tudo isso é muito negativo na escala de evolução.
Esse novo mundo, repito, desenhado há algum tempo, precisa fazer parte dos nossos propósitos pedagógicos. Entender cada um dos aspectos - positivo e negativo - neste processo de evolução por que estamos passando é o que deve fundamentar nossos comportamentos e atitudes para um bom caminho de desenvolvimento.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Anotações - Confiança

A publicação de ontem relembrou-me o poema Os Estatutos do Homem, de Thiago de Mello. É um texto belíssimo para ser lido e relido. Thiago de Mello escreveu-o em 1964, em uma crítica à ditadura, mas seus versos bem poderiam ser uma espécie de Carta Magna para a humanidade. Escrito formalmente ao jeito de decretos, cada um de seus artigos estabelecem uma especificidade que cabe bem aos preceitos humanos.
Vejam, por exemplo:

Artigo VII

Por decreto irrevogável fica estabelecido 
o reinado permanente da justiça e da claridade, 
e a alegria será uma bandeira generosa 
para sempre desfraldada na alma do povo.

São 14 artigos e alguns parágrafos únicos, que convidam o leitor a pensar na vida. Eu, particularmente, gosto muito do artigo que se refere à ideia de confiança:

Artigo IV 

Fica decretado que o homem 
não precisará nunca mais 
duvidar do homem. 
Que o homem confiará no homem 
como a palmeira confia no vento, 
como o vento confia no ar, 
como o ar confia no campo azul do céu.


Parágrafo único: 

O homem, confiará no homem 
como um menino confia em outro menino.


Vale conhecer o texto integral e aprofundar-se em uma saborosa reflexão dos preceitos do bem viver.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Afeição

A palavra "afeto", no dicionário, remete-nos ao significado de uma ligação em que há um sentimento amoroso envolvido. Mas não é uma questão de sentimento amoroso relacionado aos aspectos de gênero; a afeição transcende esse fator. Está mais para a alegria de estar próximo de outro ser humano, em um congraçamento fraterno.
Pensei no tema ao assistir a um documentário sobre o poeta Vinícius de Moraes, quando lá pelas tantas alguns depoentes insistem em dizer do nosso poeta maior de sua característica afetiva por todos que o rodeavam. Quem já assistiu a alguma cena, seja de show ou de filme ou de gravação em que Vinícius está lá rodeado de gente, já deve ter visto a imagem: na sua vozinha característica, o poetinha derrama sentimentos a quem quer que seja. Em raras ocasiões, é possível perceber um certo descontentamento dele. É sempre de uma afeição fora do normal que ele se dirige a quantos lhe rodearem.
Mas o que mais me chamou a atenção foi a fala de um desses convidados, no documentário. Ao dizer da questão temporal, referiu-se ao fato de o quanto Vinícius faz falta nos dias de hoje, mas que seria quase impossível imaginá-lo, na atualidade, derramando-se nesse aspecto de afetividade.
Que nos dias de hoje não há espaço para a ingenuidade de que foi constituída o poeta. Quis dizer, certamente, que vivemos tempos sombrios, em que é mais perceptível o movimento de derrubarmos uns aos outros ao de elevar-nos em laços de amizade.
Pois é, a ideia de afeição guarda estreita relação com as variáveis de ingenuidade, sim. Mas não o sentido de ingenuidade àquele de fazer-se de bobo diante das realidades. Ingenuidade, aqui, está proporcionalmente relacionada ao ato de confiar no outro... "O homem confiará no homem como um menino confia em outro menino...", como diria Thiago de Mello, só para ficarmos em grandes poetas. Mas o sentido de confiança, nos dias de hoje, está balizado pela variável de o quanto se ganhará nas conveniências das relações.
Definitivamente, não tem nada a ver com o pensamento do poetinha. Vinícius estabeleceu para si o conceito mais puro de fraternidade, em que o que mais importava era a reunião alegre e benfazeja das amizades. Isso e a instância de que as ações precisavam fazer bem para o outro, elevar as almas a um espaço de felicidade tal que fosse possível enxergá-la concretamente.
Digo tudo isso não só porque gosto da obra de Vinícius, mas porque sei que, nas estradas no nosso desenvolvimento pessoal, é preciso colocar, conjuntamente com os aspectos das racionalidades, o manto nem sempre realista da poesia. É preciso reunir um muito de sentimento às tecnicidades todas que carregamos.
A evolução dos nossos caminhos será a soma de todas as nossas formações às relações de afetos e emoções que conseguirmos juntar.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Anotações - Sonhos

Às vezes, tudo o que nos resta são os sonhos. E é preciso aferrar-se a eles, como a um veículo que nos leva aos trilhos dos nossos desejos.
Não se pode discriminar os sonhos. São eles que nos movem.
A ideia de ter sonhos deve ser uma espécie de plano, em torno do qual constroem-se todas as estratégias possíveis para torná-los realidade. Mas não nos enganemos: tornar sonhos em realidade é tarefa hercúlea, meu amigo.
Tome aí, de saída, a referência de planejamento, dita solta aí por cima. Quando se planeja algo, verdadeiramente, esse momento torna-se uma exercício de determinação... E de inteligência, já que o tal planejamento deve ser tão complexo que se devem prever as dificuldades por que vamos passar.
Vencida a etapa do planejamento, com todas suas nuances, o caminho nos reserva imprevistos e obstáculos nem sempre esperados. É o momento de contar com a determinação e o esforço, que devem nos acompanhar sempre. E hajam esforço e determinação, já que os obstáculos e os imprevistos, por mais que não queiramos, vão se renovar sempre.
Nessa lida cansativa é que se sobressaem as variáveis dos sonhos. São os sonhos que nos mantêm despertos e motivados a buscar a ventura dos caminhos. Caminhemos, pois!

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Anotações - Quando o problema é meu

Normalmente, nestes tempos e lugares em que vivemos, é muito mais fácil e cômodo pensar que o problema pertinente a qualquer desvio é do outro e não nosso. Isso evita-nos um trabalho custoso de análise de percepção de nossas falhas.
Mas não deve ser assim. Em certos casos, o problema é meu, sim. E aí é necessário saber reconhecer onde estavam as falhas.
A ideia de percepção de que o problema é meu está atrelada ao processo de desenvolvimento do senso crítico.
Desenvolver o senso crítico, em modo geral, é o caminho de saber olhar para o que se fez e mensurar as referências com todas as nuances ao redor. É medir as variáveis em todas as suas instâncias, consequências e alcances. Quando faço isso, exercito uma redimensão do olhar para aperceber-se do todo. Altamente necessário esse caminho... nem sempre tranquilo, reconheço.
Já de saída, nota-se a grande dificuldade básica de reconhecer o próprio erro. Somos seres constituídos de certa prepotência em não aceitar-se no erro.
Mas não deve ser assim! A ideia de errar não é um problema em si; a questão é quando o erro não provoca uma certa aprendizagem, para a transformação dos rumos. E é aqui que a conotação de perceber ser o dono do problema pode ser altamente positivo para o desenvolvimento pessoal: estamos na necessidade de procurar a transformação dos rumos.



segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Empatia

(Para o amigo André Gomes Ribeiro)

O conceito de empatia, bastante referido atualmente, é uma das variáveis bastante interessantes de estudo nos caminhos do desenvolvimento pessoal. Saber colocar-se no lugar do outro já há muito tornou-se uma necessidade de evoluirmos as relações interpessoais, sejam elas no âmbito profissional, de estudos, social etc.
Acontece que colocar-se no lugar do outro não é dessas tarefas fáceis, como pode parecer. O processo envolve, pelo menos, dois elementos de difícil reflexão: conhecer-se a si mesmo e conhecer o outro.
Filosoficamente, a ideia de saber estar no lugar do outro pode ser representado, metaforicamente, com a ilustração de vestir a roupa do outro. Aqui, é preciso desnudar-se de nossas vestes para estar nas vestes do outro.
O ato de despir-se de nossas vestes representa o caminho de retirar todo o modo particular de ver as coisas; daí, vestir-se com as vestes do outro representa ver as coisas com o olhar do outro. Difícil isso.
Já começa que a representação simbólica revela um grande problema: é muito difícil vestir-se com as vestes do outro. Lembro-me da música do Luiz Melodia, que nos pedia: "tente usar a roupa que estou usando...". O verbo "tentar", acredito, já revelava a dificuldade que o outro teria. Estar na roupa do outro seria o caminho de experimentar as sensações do outro para que a visão do caminho - e de qualquer variável desse caminho - ganhasse novos contornos, representados justamente pelo sentimento do outro.
E essa é a ideia de empatia que precisa ser refletida positivamente: colocar-se no lugar do outro é saber colocar as vestes do outro, na intenção de mudar a visão sobre o que precisa ser revisto... Aliás, o amigo André, a quem dedico essa pequena reflexão, ensinou-me um ponto interessante para aprofundar essa reflexão. Em inglês, a expressão colocar-se no lugar do outro traz a palavra "sapatos" como constituinte ("...If I were in your shoes..." - se eu estivesse em seus sapatos, literalmente, mas traduzido para "... se eu estivesse em seu lugar...). É preciso calçar os sapatos do outro.