sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Para refletir - Sensibilidade


quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Anotações - Sobre cultura e tolerância

A questão da intolerância guarda uma relação direta com a ideia de percepção das diversas culturas. Quanto mais exercitarmos a visão e a leitura de variadas expressões culturais, tanto mais nos permitimos enxergar e conhecer a beleza das diversidades. E o exercício, na maior parte das vezes, é entender as diferenças como extensão da existência.  
A premissa ficou mais clara quando assisti a um episódio de uma série da televisão, que abordava a descoberta, por  parte de um Chef de restaurante de uma grande cidade, das manifestações gastronômicas de povos afastados. A ideia do Chef era vivenciar as manifestações culturais que encontrasse para apreender elementos novos para o seu cardápio (sabores, temperos etc). Entretanto, o que ressaltava era mesmo a experiência - única, na minha opinião - de estar diante de uma manifestação viva da sabedoria de um povo. Eram visíveis, por exemplo, as ocorrências de referências emotivas do apresentador do programa.
Quando entendemos e nos emocionamos com as variáveis culturais diversas que conhecemos, estamos no plano de desenvolver as tolerâncias necessárias para compreender aquela manifestação como representante viva de constituição de um povo. Não faz sentido discutir se essa ou aquela representação cultural guarda em si dimensão valorativa a ser comparada com outra representação... Não há o que comparar! Havemos, apenas, de aprendermos a nos emocionar com as manifestações culturais mais diversas, no entendimento de que o mundo é constituído das necessárias diferenças.


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Anotações - Sobre o tempo

A jornalista Tess Felder, do The New York Times, cita estudo dos pesquisadores Cristóbal Young e Chaeyoon Lim sobre a percepção do tempo na busca da felicidade (veja artigo completo publicado no jornal Folha de S.Paulo, no último sábado, dia 23 de janeiro).
A jornalista aponta, no inicio de seu artigo: "Uma frase comum na vida moderna é que o dia não tem horas suficientes. Acontece que o que realmente precisamos não é de mais tempo, mas, sim, de tempo passado de forma mais satisfatória, especialmente com outras pessoas.".
A ideia de saber dar significado aos momentos que passamos é a diferença. Quando entendemos que o tempo passado foi satisfatório, provavelmente é porque sentimos aquele tempo e todas as suas relações de maneira altamente significativa. E a nossa aprendizagem é essa, a de saber valorizar os momentos, os instantes e as relações vividas nestas ocasiões.
Precisamos aprender a ser menos técnicos e mecânicos; a olhar mais nos olhos dos outros; a ouvir mais as referências que nos chegam... Não é fácil, uma vez que estamos, a cada dia mais, tendendo a perder a capacidade de sentir e de vivenciar as experiências mais representativas da vida. E culpamos o tempo, atribuindo-lhe as nossas incapacidades de administrar nossas relações, nossas incompetências.
Busquemos viver esse tempo que nos chega da maneira mais representativa e valorada que pudermos. Dessa forma, o conceito de felicidade pode resultar em elemento consolidado do nosso processo de desenvolvimento humano.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Anotações: Desenvolvimento emocional - Tenho muitas tristezas em mim, mas as alegrias são maiores

A ideia da busca de um caminho que integre o desenvolvimento emocional ao intelectual parece ser uma rota importante na promoção da evolução pessoal. Fomos instados, durante muito tempo, a pensar a formação como uma variável tão somente intelectual e relegamos as referências emocionais a outras instâncias. Ainda bem que os estudos psicológicos e pedagógicos evoluíram bastante e colocaram os aspectos emocionais em uma variável de importância balizada aos intelectuais.
O sujeito, em seu processo de desenvolvimento, há de cuidar de toda a sua constituição - intelectual, social, profissional, emocional e por aí vai.
Fiquei pensando nisso tudo quando constatei a questão do desequilíbrio emocional que nos acomete de vez em quando. Nas variáveis de sensibilidade e de emoção, em grande parte das vezes, esse desequilíbrio provoca-nos muitas desestruturações.
Uma dessas desestruturações é a que causa um desajuste de leitura do mundo que nos cerca - acreditamos que os sofrimentos são muito maiores e damos a eles uma dimensão quase sempre distorcida, bem exagerada, do que realmente é. E foi aí que me acorreu a expressão lá do título: "Tenho em mim muitas tristezas, mas as alegrias que me formam são muito maiores...".
Refletir constantemente sobre os aspectos do desenvolvimento emocional torna-nos mais equilibrados na percepção dos aprimoramentos a que temos que passar.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Anotações - A busca de uma reformulação de conceitos

O pesquisador e professor Paulo Blikstein, brasileiro e docente na Universidade Stanford, tem nos brindado com reflexões interessantes sobre os processos de reformulação de ideias pedagógicas, principalmente as que envolvem questões sobre tecnologia aplicada à educação. Em recente entrevista ao jornal Folha de S. Paulo (17/01/2016, pág. B14), o especialista aponta caminhos, cujas ideias devem ser aprofundadas por todos os que buscam melhorias de qualidades na Educação.
Uma das questões abordadas pelo professor é a de que os alunos devem ser avaliados, além das suas competências técnicas, por meio, também, de sua criatividade. A criatividade é uma das fundamentações mais representativas das propostas de mudanças.
Ao fazer referência à importância de habilidades não cognitivas, o professor Paulo Blikstein chama-nos a atenção, ao longo de sua entrevista, para novas necessidades de entender os modelos educacionais como algo que precisa, urgentemente, de reestruturações. Em sendo o aluno uma instituição dinâmica, que guarda em si um sem número de formações e de experiências (não importa a idade que tenha), o professor precisa trazer, desperta e constante, a reflexão de transformações que suas posturas e práticas precisam representar.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Planejamento - O retorno

Logo, logo, retornam as atividades nos espaços pedagógicos. E a primeira obrigação é aquela que já está no clássico das coisas consideradas chatas: o planejamento. Mas não nos precipitemos - aquelas reuniões de planejamento que antecedem o início das aulas só ficaram consideradas chatas porque se resumiram a processos burocráticos desconectados das realidades.
Então, é preciso fazer uma revisão do conceito desse espaço de planejamento. Talvez o ponto de partida seja modificar o ponto de vista do fim do planejamento: normalmente, esse momento é visto como a necessidade de preencher papéis para entregar à Coordenação das escolas, como se eximisse quaisquer outras orientações. Devemos pensar, neste momento, como um caminho de revisão de rotas e de caminhos para o fazer pedagógico; assim, o fim do planejamento não são os arquivos da Coordenação, e sim o estabelecimento particular de cada professor, segundo os ditames sistemáticos de cada escola.
Só essa mudança de visão já garante, no mínimo, um maior comprometimento dos agentes pedagógicos - não faço o planejamento para entregar à Coordenação, faço-o para direcionar meu trabalho.
E, a partir da aceitação desse conceito, outros tópicos deverão compor o corpo dos planos.
Sugiro, na extensão, considerar tudo o que não correu muito bem nos anos anteriores. Todos nós, a propósito do que fizemos, temos consciência dos acertos e erros de nossas investidas. E é, justamente, fundamentado nessa consciência, que as transformações podem acontecer. Um dos problemas mais graves é que, na dimensão burocrática negativa, nem nos preocupamos com essa premissa - repetimos o mesmo texto dos outros anos, em um colagem descabida de informações, quando não copiamos trechos de outros planejamentos (às vezes, completamente distante de nossa ideologia), resultando em documentos de constituição monstruosa e descaracterizada.
O planejamento precisa ser visto como um instrumento essencial na organização e desenvolvimento de atividades que tenham por fim a promoção e a evolução de pessoas. Uma aula tem essa característica - promover o desenvolvimento das pessoas.
Não se pode esquecer, ainda, que a consciência de formação individual é característica complementar de elaboração do planejamento. Quando se apontam as estratégias e metodologias associadas aos conteúdos, deveríamos, na verdade, valermo-nos de nosso processo de formação - técnica ou vivencial - para embasar todas as possibilidades de execução. Nossa constituição intelectual, emocional e vivencial refletirá nas variáveis positivas de elaboração.
Se pudermos olhar para essa fase do planejamento com olhos de transformação, criaremos perspectivas de um trabalho mais qualificado e carregado de possibilidades reais de mudanças significativas.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Anotações - Sabedoria é uma questão de vivência

A ideia de sabedoria e de formação, seja ela técnica ou não, é uma referência embasada nas vivências e experiências por que uma pessoa passou. É isso que explica, em certa medida, as questões de competência e de habilidade. Quanto mais significativas e expressivas forem essas experiências, tanto mais o sujeito estará propenso ao desenvolvimento.
Por outra via, a pessoa consciente do seu processo de evolução pessoal deve entender que é necessário refletir sobre os investimentos em experiências ricas em referências de aprendizagens. E esses investimentos não representam, necessariamente, uma formalidade pedagógica.
Um passeio, uma leitura, uma paisagem podem bem representar possibilidades de experiências. É preciso, apenas, estar atento aos aspectos de sensações que os caminhos nos reservam.
Se formos analisar essa ou aquela habilidade de determinada pessoa, temos que enxergar essa pessoa como alguém que experimentou, significativamente, determinadas vivências ao longo de sua vida, de tal forma que o seu domínio sobre determinado quesito é produto de o quanto ela tornou consciente aquelas vivências. Assim, a ideia de sabedoria e de desenvolvimento pessoal pode ser representativa de o quanto as experiências de vida foram ricas e bem aproveitadas.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Anotações - Ser melhor

Assistindo a um documentário sobre o esporte olímpico, detive-me em uma das falas de um atleta: ao comentar sobre os momentos que antecedem à participação da prova, ele falou dos pensamentos dos esportistas, de uma maneira geral - "Para o atleta, a medalha até é valorosa, mas não é o mais importante... o que mais passa na cabeça do competidor, antes e durante a prova, é que ele seja melhor do que foi no dia anterior.".
Ser melhor do que foi anteriormente... Deveria ser a máxima de todos!
A busca da perfeição tem que ser um referencial de análise interna, de o quanto estamos e somos. Ao aprender a nos percebermos, em nossos limites e potenciais, todas as provas a que nos submetemos devem ser em nome de melhorar a nossa performance... ser melhor, a cada dia!
Se conseguirmos apreender essa máxima, o objeto de percepção passa a ser o nosso desempenho: "será que eu poderia fazer melhor?"... "onde eu poderia ter feito melhor?"... "de que forma posso evoluir nesse ou naquele ponto."... E, assim por diante, as questões versam sobre o que desempenhamos.
Curioso é que a identidade docente conduziu-nos o pensamento para elaborarmos estas e outras questões, dirigindo-as para o outro: "...acho que você poderia fazer melhor."... "...onde você poderia ter feito melhor?"... "... de que forma você pode evoluir nesse ou naquele ponto?"... E, assim por diante, somos impelidos a direcionar as questões para avaliar os outros.
Quando se busca ser melhor e fazer algo melhor, certamente, as ações e atitudes propiciam resultados positivos de comportamentos e de trabalhos. De tal forma significativamente positivos, a ponto de motivar quem se envolver com os trabalhos a, igualmente, serem melhores.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Feliz 2016! - com muita esperança!

Que este 2016 seja marcado pela percepção das esperanças que o cotidiano nos traz. Sim, não se assuste, o cotidiano nos reserva, a cada manifestação de suas ocorrências, um sem-número de possibilidades de esperanças. Nem sempre percebemos essas possibilidades, é verdade... Mas aí, o problema está conosco.
Então, eu desejo, na aurora deste novo ano, que saibamos todos enxergar as possibilidades que a percepção de esperança pode nos beneficiar. Está, exatamente, nessas possibilidades a capacidade de transformar as realidades.
Desejo, ainda, que, ao vestir-se das esperanças percebidas pelas ocorrências da vida, você perceba que a palavra "esperança", ao contrário do que o senso comum nos aponta, não tem nada a ver com a ideia de esperar. Esperar guarda em si uma referência de acomodação; de que algo vai acontecer, além das minhas competências e habilidades, e que, por isso, não há nada a ser feito, a não ser, justamente, esperar. A ideia de esperança, por outro caminho, pressupõe uma motivação para que algo possa ser feito, sem esperar nada, a não ser a certeza de que qualquer mudança inicia-se, simplesmente, com esse fazer.
Nesse sentido, sou composto de esperança. Da esperança de acreditar nas mudanças e de saber que eu sou o agente principal das transformações. Desejo mais ainda: que saibamos sempre dessa competência e a exercitemos constantemente. O caminho das verdadeiras transformações está dentro de nós, latente, querendo que nos movimentemos para o alto e avante.
Quando nos movimentamos, criamos uma energia positiva que nos impele à redimensão do olhar e aos vislumbre de outras rotas e caminhos para o fazer.  Nossa percepção ganha novas formas de enxergar e compreender o entorno... Nosso caminhar torna-se mais sólido e consistente na descoberta de novas aventuras... Nossas aventuras ganham cores e disposições... E é exatamente isso que a esperança faz conosco: torna-nos visionários das nossas capacidades e do alcance que elas nos proporcionam, no caminhar do desenvolvimento.
Feliz e esperançoso 2016 para todos!