quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Mensagem Especial de Ano Novo


sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Mensagem Especial de Natal


terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Anotações - Sobre a percepção

É preciso investir no desenvolvimento da capacidade de perceber o mundo ao nosso redor. É a partir dessa capacidade - a percepção - que podemos analisar melhor as nuances do que está tangenciando os caminhos que perseguimos.
A ideia de percepção, mais associada aos meios metafísicos, não é necessariamente uma questão etérea. Perceber os sinais que acontecem é um exercício constante de atenção e de observação... Pode ser compreendido como a tal leitura de mundo.
O problema maior para essa compreensão é que andamos tão distraídos e desconectados das coisas aos nosso redor, que mal nos apercebemos dessas referências externas que nos chegam.
Entretanto, é quando estivermos mais atentos a todas as instâncias que nos circundam, que poderemos captar todos os sinais que elas nos representam. Daí, é só filtrar e analisar essa percepção e transformar os sinais em referências concretas de desenvolvimento.
Que nesse final do calendário, sedentos de desejos para o próximo ano, possamos redimensionar de uma forma positiva as nossas percepções para as variáveis de conhecimentos que devem nos alcançar.
Aliás, fazer do novo ano uma concretização positiva de expectativas é uma consequência natural desse exercício de percepção.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Planos

Encaremos essa passagem no calendário, comemorada com mais distinção, como um marco de reorganização. Reorganização de trilhos, de planos, de sonhos.
É hora de realizar um balanço geral para ver o que faltou, o que sobrou, o que não estava previsto e aconteceu.
No propósito de desenvolvimento pessoal, vira e mexe, é bom que façamos estas análises. Há sempre algo a ser analisado em relação aos que nos propusemos. Mesmo que não seja agradável. É hora de rascunharmos algumas páginas com apontamentos dos nossos caminhos. Deu certo? Deu errado? O que deu errado dependia de meus esforços?... E por aí vai.
Bem sei que não temos muita tradição de análises. Somos mais pelos trilhos do improviso e os do deixa fazer. Mas, veja, meu amigo, não dá para ser assim. Ainda que tenhamos sorte, é necessário estruturar as vias de evolução.
Pegue aí um caderninho qualquer (se puder ser um especial, melhor...) e vá anotando o que achar significativo em suas empreitadas. Anote tudo: suas angústias, suas percepções, seus sucessos. E vá anotando, também, os sustos, as parcerias, o que precisa ser mudado... e por aí vai. Você vai perceber que é uma questão de hábito. Daqui a pouco, vai estar fazendo tudo isso sem sentir muito.
É assim que nos desenvolvemos. A partir do processo científico de observar, analisar, comparar, tomar decisões, rever metas, planejar e replanejar...
Quando tudo isso estiver no âmbito dos hábitos (desculpe-me pela aliteração, mas não resisti...), aproveite, também, para enxergar o que a metafísica nos apresenta.
Para além da racionalidade dos planejamentos, é preciso, ainda, deixar-se encantar pelos imprevisíveis da vida. É aqui que entram a intuição, as vicissitudes emocionais, a paixão, a magia e a poesia, que impregnam todos os nossos movimentos. Aceite tudo isso, meu amigo. Há muito de metafísica nos nosso empreendimentos.
Assim, encarar os planos com a técnica e a poética faz com que os nosso rumos sejam mais completos nesse viés de evolução positiva a que tanto almejamos.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Anotações - Um novo mundo

Um novo mundo, já há algum tempo, desenha-se para a escala da nossa evolução, com um aspecto bastante precioso às reflexões necessárias: os valores positivos podem ser caracterizados como essencialmente importantes para a busca de melhor qualidade nas ações; os valores negativos têm sido observados cada vez mais negativos.
De um lado, as referências de conectividades, associadas aos meios digitais, aproximaram as relações sociais, intensificaram os meios de aquisição de conhecimentos e, de alguma forma, representaram acréscimos nas dimensões das inteligências. Tudo isso muito positivo, quando empregado de forma 
ética.
De outro lado, vemos crescer um comportamento, também na esteira das referências digitais, cada vez mais individualista e ensimesmado. E carregado de atitudes egocêntricas, em que se perdem as instâncias de humanização. E tudo isso é muito negativo na escala de evolução.
Esse novo mundo, repito, desenhado há algum tempo, precisa fazer parte dos nossos propósitos pedagógicos. Entender cada um dos aspectos - positivo e negativo - neste processo de evolução por que estamos passando é o que deve fundamentar nossos comportamentos e atitudes para um bom caminho de desenvolvimento.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Anotações - Confiança

A publicação de ontem relembrou-me o poema Os Estatutos do Homem, de Thiago de Mello. É um texto belíssimo para ser lido e relido. Thiago de Mello escreveu-o em 1964, em uma crítica à ditadura, mas seus versos bem poderiam ser uma espécie de Carta Magna para a humanidade. Escrito formalmente ao jeito de decretos, cada um de seus artigos estabelecem uma especificidade que cabe bem aos preceitos humanos.
Vejam, por exemplo:

Artigo VII

Por decreto irrevogável fica estabelecido 
o reinado permanente da justiça e da claridade, 
e a alegria será uma bandeira generosa 
para sempre desfraldada na alma do povo.

São 14 artigos e alguns parágrafos únicos, que convidam o leitor a pensar na vida. Eu, particularmente, gosto muito do artigo que se refere à ideia de confiança:

Artigo IV 

Fica decretado que o homem 
não precisará nunca mais 
duvidar do homem. 
Que o homem confiará no homem 
como a palmeira confia no vento, 
como o vento confia no ar, 
como o ar confia no campo azul do céu.


Parágrafo único: 

O homem, confiará no homem 
como um menino confia em outro menino.


Vale conhecer o texto integral e aprofundar-se em uma saborosa reflexão dos preceitos do bem viver.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Afeição

A palavra "afeto", no dicionário, remete-nos ao significado de uma ligação em que há um sentimento amoroso envolvido. Mas não é uma questão de sentimento amoroso relacionado aos aspectos de gênero; a afeição transcende esse fator. Está mais para a alegria de estar próximo de outro ser humano, em um congraçamento fraterno.
Pensei no tema ao assistir a um documentário sobre o poeta Vinícius de Moraes, quando lá pelas tantas alguns depoentes insistem em dizer do nosso poeta maior de sua característica afetiva por todos que o rodeavam. Quem já assistiu a alguma cena, seja de show ou de filme ou de gravação em que Vinícius está lá rodeado de gente, já deve ter visto a imagem: na sua vozinha característica, o poetinha derrama sentimentos a quem quer que seja. Em raras ocasiões, é possível perceber um certo descontentamento dele. É sempre de uma afeição fora do normal que ele se dirige a quantos lhe rodearem.
Mas o que mais me chamou a atenção foi a fala de um desses convidados, no documentário. Ao dizer da questão temporal, referiu-se ao fato de o quanto Vinícius faz falta nos dias de hoje, mas que seria quase impossível imaginá-lo, na atualidade, derramando-se nesse aspecto de afetividade.
Que nos dias de hoje não há espaço para a ingenuidade de que foi constituída o poeta. Quis dizer, certamente, que vivemos tempos sombrios, em que é mais perceptível o movimento de derrubarmos uns aos outros ao de elevar-nos em laços de amizade.
Pois é, a ideia de afeição guarda estreita relação com as variáveis de ingenuidade, sim. Mas não o sentido de ingenuidade àquele de fazer-se de bobo diante das realidades. Ingenuidade, aqui, está proporcionalmente relacionada ao ato de confiar no outro... "O homem confiará no homem como um menino confia em outro menino...", como diria Thiago de Mello, só para ficarmos em grandes poetas. Mas o sentido de confiança, nos dias de hoje, está balizado pela variável de o quanto se ganhará nas conveniências das relações.
Definitivamente, não tem nada a ver com o pensamento do poetinha. Vinícius estabeleceu para si o conceito mais puro de fraternidade, em que o que mais importava era a reunião alegre e benfazeja das amizades. Isso e a instância de que as ações precisavam fazer bem para o outro, elevar as almas a um espaço de felicidade tal que fosse possível enxergá-la concretamente.
Digo tudo isso não só porque gosto da obra de Vinícius, mas porque sei que, nas estradas no nosso desenvolvimento pessoal, é preciso colocar, conjuntamente com os aspectos das racionalidades, o manto nem sempre realista da poesia. É preciso reunir um muito de sentimento às tecnicidades todas que carregamos.
A evolução dos nossos caminhos será a soma de todas as nossas formações às relações de afetos e emoções que conseguirmos juntar.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Anotações - Sonhos

Às vezes, tudo o que nos resta são os sonhos. E é preciso aferrar-se a eles, como a um veículo que nos leva aos trilhos dos nossos desejos.
Não se pode discriminar os sonhos. São eles que nos movem.
A ideia de ter sonhos deve ser uma espécie de plano, em torno do qual constroem-se todas as estratégias possíveis para torná-los realidade. Mas não nos enganemos: tornar sonhos em realidade é tarefa hercúlea, meu amigo.
Tome aí, de saída, a referência de planejamento, dita solta aí por cima. Quando se planeja algo, verdadeiramente, esse momento torna-se uma exercício de determinação... E de inteligência, já que o tal planejamento deve ser tão complexo que se devem prever as dificuldades por que vamos passar.
Vencida a etapa do planejamento, com todas suas nuances, o caminho nos reserva imprevistos e obstáculos nem sempre esperados. É o momento de contar com a determinação e o esforço, que devem nos acompanhar sempre. E hajam esforço e determinação, já que os obstáculos e os imprevistos, por mais que não queiramos, vão se renovar sempre.
Nessa lida cansativa é que se sobressaem as variáveis dos sonhos. São os sonhos que nos mantêm despertos e motivados a buscar a ventura dos caminhos. Caminhemos, pois!

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Anotações - Quando o problema é meu

Normalmente, nestes tempos e lugares em que vivemos, é muito mais fácil e cômodo pensar que o problema pertinente a qualquer desvio é do outro e não nosso. Isso evita-nos um trabalho custoso de análise de percepção de nossas falhas.
Mas não deve ser assim. Em certos casos, o problema é meu, sim. E aí é necessário saber reconhecer onde estavam as falhas.
A ideia de percepção de que o problema é meu está atrelada ao processo de desenvolvimento do senso crítico.
Desenvolver o senso crítico, em modo geral, é o caminho de saber olhar para o que se fez e mensurar as referências com todas as nuances ao redor. É medir as variáveis em todas as suas instâncias, consequências e alcances. Quando faço isso, exercito uma redimensão do olhar para aperceber-se do todo. Altamente necessário esse caminho... nem sempre tranquilo, reconheço.
Já de saída, nota-se a grande dificuldade básica de reconhecer o próprio erro. Somos seres constituídos de certa prepotência em não aceitar-se no erro.
Mas não deve ser assim! A ideia de errar não é um problema em si; a questão é quando o erro não provoca uma certa aprendizagem, para a transformação dos rumos. E é aqui que a conotação de perceber ser o dono do problema pode ser altamente positivo para o desenvolvimento pessoal: estamos na necessidade de procurar a transformação dos rumos.



segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Empatia

(Para o amigo André Gomes Ribeiro)

O conceito de empatia, bastante referido atualmente, é uma das variáveis bastante interessantes de estudo nos caminhos do desenvolvimento pessoal. Saber colocar-se no lugar do outro já há muito tornou-se uma necessidade de evoluirmos as relações interpessoais, sejam elas no âmbito profissional, de estudos, social etc.
Acontece que colocar-se no lugar do outro não é dessas tarefas fáceis, como pode parecer. O processo envolve, pelo menos, dois elementos de difícil reflexão: conhecer-se a si mesmo e conhecer o outro.
Filosoficamente, a ideia de saber estar no lugar do outro pode ser representado, metaforicamente, com a ilustração de vestir a roupa do outro. Aqui, é preciso desnudar-se de nossas vestes para estar nas vestes do outro.
O ato de despir-se de nossas vestes representa o caminho de retirar todo o modo particular de ver as coisas; daí, vestir-se com as vestes do outro representa ver as coisas com o olhar do outro. Difícil isso.
Já começa que a representação simbólica revela um grande problema: é muito difícil vestir-se com as vestes do outro. Lembro-me da música do Luiz Melodia, que nos pedia: "tente usar a roupa que estou usando...". O verbo "tentar", acredito, já revelava a dificuldade que o outro teria. Estar na roupa do outro seria o caminho de experimentar as sensações do outro para que a visão do caminho - e de qualquer variável desse caminho - ganhasse novos contornos, representados justamente pelo sentimento do outro.
E essa é a ideia de empatia que precisa ser refletida positivamente: colocar-se no lugar do outro é saber colocar as vestes do outro, na intenção de mudar a visão sobre o que precisa ser revisto... Aliás, o amigo André, a quem dedico essa pequena reflexão, ensinou-me um ponto interessante para aprofundar essa reflexão. Em inglês, a expressão colocar-se no lugar do outro traz a palavra "sapatos" como constituinte ("...If I were in your shoes..." - se eu estivesse em seus sapatos, literalmente, mas traduzido para "... se eu estivesse em seu lugar...). É preciso calçar os sapatos do outro.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Problemas técnicos

Em virtude de problemas técnicos, a publicação de hoje deixou de ser postada. Agradecemos a compreensão.
E, se for novo por essas paragens, aproveite para conhecer a organização editorial do Blog.
Abraços a todos.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Trabalho

A palavra "trabalho" guarda uma memória semântica com a palavra "tripalium", que representava um instrumento de tortura. Daí, na maior parte das vezes, portarmo-nos com as referências do trabalho como se fosse uma espécie de castigo. Certas pessoas até encaram o caminho do trabalho com um sofrimento mesmo.
E está no inconsciente coletivo. Comemoramos a chegada da sexta-feira, culturalmente a marca do fim da semana de trabalho, como sofremos ao despontar das segundas-feiras, marca do início.
As referências do empreendedorismo ensinaram-me, entretanto, a enxergar na ideia de trabalho, não só as variáveis de sobrevivência, mas também as de nobreza e de orgulho.
O trabalho, em suas instâncias de honestidade e de ética, é quem mantém a mentalidade no caminho da perspectiva das transformações necessárias. Percebo, nos movimentos de uma realização qualquer, vários elementos, mas o que mais sobressai é o da dignidade.
Ser digno e perceber-se digno é o que me movimenta, ainda que os resultados não estejam conforme gostaria. Outra coisa que aprendi - e apreendi - com o empreendedorismo é que as oportunidades de trabalho podem ser criadas, conforme os movimentos que faço. Se há desequilíbrio nesse movimento, as oportunidades serão reduzidas, por exemplo.
Então, criemos oportunidades. Conduzamos todas as nossas ações em nome daquela dignidade. Mantenhamo-nos na visão das nossas capacidades e determinações. Não há necessidade de outro caminho.
Vamos trabalhar!

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Anotações - A questão da iniciativa

Já percebeu que há pessoas que esperam ser mandadas para a realização de algo? Esperam tudo - o roteiro, a definição dos caminhos, o estabelecimento das metas... tudo mesmo - para iniciarem o desenvolvimento. Às vezes, são até competentes na realização, mas lhes falta a iniciativa.
Já há algum tempo, vivemos a era das iniciativas. Tem mais prestígio aquele que se adianta ao que precisa ser feito, que se encaminha por conta própria na evolução dos afazeres. O problema é que vivemos uma variável cultural que, em certos casos, define esse grupo que não assume a determinação do que precisa ser realizado.
E essa mesma variável cultural estabelece, a esse mesmo grupo, a condição de que, ao assumirem uma iniciativa qualquer, estão assumindo responsabilidades. E, assumir responsabilidades, nesse caso e para esse grupo, significa estar adiante dos caminhos. Não é isso o que eles querem.
Entretanto, e para só pensarmos no quesito "evolução pessoal", não existe a variável de desenvolvimento se não houver a condição da responsabilidade. Responsabilidade pessoal, social, profissional, política etc.
Assumir as iniciativas diante de uma necessidade qualquer de realização é dar vazão aos próprios espaços de desenvolvimento.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Anotações - A força mental

Somos tão suscetíveis ao que nos ronda o pensamento. Se, por um momento, deixamos aflorar um pensamento negativo diante de um caminho espinhento, pode estar certo de que alguma coisa não vai rumar bem. Quase toda a literatura a respeito ensina-nos a cuidar bem da nossa mente e das referências emocionais que nos acometem.
Pode acreditar, é certo isso. Ainda que estejamos racionais, somos emocionais.
E o nosso pensamento é o motor desse posicionamento emocional. Precisamos cuidar para que ele seja o mais qualitativo possível. É necessário educar os pensamentos.
Não é tarefa das mais fáceis, eu sei, mas é preciso. Quando estamos no caminho de algum desenvolvimento, o que quer que pensemos acaba motivando grande parte da nossa caminhada. Se você acreditar que não é possível aquela realização, veja que vai ter muito mais dificuldade de completar a jornada; se colocar na cabeça que é capaz, muito dos espinhos dos caminhos já estarão contornados.
De qualquer forma, entenda que os processos mentais são parte - e parte importante - das realizações de evolução. Acrescente-se a isso toda a competência, determinação e atitude de que você é constituído e aí ninguém vai segurar a capacidade de suas conquistas.


quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Anotações - Sobre pressão e mediocridade

Fiquei pensando na fala da jovem que se manifestou preocupada com a questão da pressão que, às vezes, sofria diante de seu destaque em algumas avaliações por que passou nos sistemas escolares. Dizia a moça de o quanto a incomodava as observações de alguns professores em virtude do fato de que se saía bem naquelas avaliações. Os professores, errados na minha opinião, colocavam-na em destaque ora menosprezando os outros alunos, ora agindo com distinção a ela. Isso a incomodava, também. Mas ao lembrar-se disso, dizia a moça de o quanto ela não gostava de sentir-se pressionada. Foi aqui que a conversa me fez pensar no tema dessa nossa conversa.
Ora, quando nos destacamos em algum momento, por conta das competências ou habilidades que se desenvolveram em nós, certamente que vão esperar que façamos sempre o melhor. Isso é estressante, entendo, mas não há muito o que fazer. Estaremos sempre pressionados por essa marca. E não é só uma pressão externa, que vem dos outros, nós também nos pressionamos muito.
Agora, veja: até há uma solução para tudo isso. Essa solução atende pelo nome de mediocridade... A mediocridade é, justamente, o movimento de não nos sobressairmos pelos caminhos. Se ficamos pela média (a mediocridade), é natural que não vão esperar muito de nós... e, então, não seremos pressionados a fazer nada melhor. A média já estará boa. E, olha, é preciso que se diga: para uma boa parte das soluções da vida, estar na média não é de todo ruim.
O problema maior é que estar na média (ser medíocre!) não nos diferencia. E é preciso tanto, nos espaços de desenvolvimento pessoal, que estejamos diferenciados, que façamos o melhor. Mesmo que, a cada rumo, haja uma pressão muito grande em nossos ombros! 

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Recesso - Proclamação da República


Anotações - Sobre tecnologias e a questão das ferramentas

Falar de tecnologias, principalmente nestes tempos em que vivemos a era dos digitais, é tema recorrente. Em Educação, quando vira e mexe vem-nos alguma notícia dos pontos positivos e negativos do uso de uma ou outra ferramenta nos espaços escolares, é uma reflexão sempre importante.
É preciso que se diga, de saída, que as tecnologias digitais são uma realidade... não dá para se evitar isso. E que, sobretudo, em relação aos trabalhos pedagógicos, as crianças e jovens dominam essas tecnologias como extensão de seus corpos... é algo interiorizado neles. É a linguagem deles.
Assim, ou aprendemos a utilizar-se dessa linguagem ou não teremos o entendimento dos jovens.  Simples assim!
Acima dessa referência, há uma reflexão interessante a ser avançada. Quando falamos em tecnologias, quase sempre o que temos à mão são as ferramentas detentoras dessas tecnologias. E, de ferramentas, entendemos bem, não importa a geração a que estamos posicionados. Sempre fomos sujeitos que passamos pela necessidade de dominar essa ou aquela ferramenta para a garantia da nossa evolução... É assim desde a pré-história!
Desta forma, não podemos atribuir um juízo de valor à dimensão da ferramenta, sem a preocupação de analisar o uso que se faz dessa ferramenta. Isso. O uso da ferramenta é que vai determinar o quanto essa ferramenta é assim ou assada.
Então, só para ficar em uma discussão moderna, não se pode dizer da utilização do celular em sala de aula sem sabermos o que, efetivamente, vai ser feito desse uso.


segunda-feira, 13 de novembro de 2017

A metodologia da aprendizagem por projetos

A busca de uma metodologia mais eficiente, no processo de ensino-aprendizagem, é ponto fundamental na busca de melhores qualidades do trabalho pedagógico.
Em Educação, é ponto importante a preocupação dos agentes responsáveis pelos trabalhos com as motivações que alavanquem os resultados das demandas práticas. Nesse sentido, penso que o propósito de um trabalho que valorize os princípios de uma aprendizagem por projetos seja um caminho bastante interessante de tornarem mais positivos os rumos desta educação.
A metodologia fundamentada em projetos é uma prática de trabalho que, ao largo ou não da preocupação com os componentes curriculares, aposta na ideia do protagonismo dos jovens como mola propulsora dos resultados pedagógicos.
Uma metodologia por projetos vai preocupar-se, sobremaneira, mais com a questão de como e para quê se aprende. A aprendizagem é direcionada para a realização de soluções práticas que envolvem conceitos técnicos e curriculares a serem ensinados. Aqui, ao movimento de aprendizagem dos conceitos, soma-se a plena utilização desses conceitos para a realização de tarefas... ou de projetos.
Um projeto, por excelência, engloba tópicos que vão ser embasadores de qualquer processo de desenvolvimento pessoal: planejamento, organização, disciplina, busca de objetivos, realização, empreendedorismo, evolução e solução de problemas
E, assim, é possível discutir, principalmente, a questão do protagonismo de todos os agentes envolvidos nas referências pedagógicas.
Um dos maiores problemas dos processos pedagógicos diz respeito à falta de significado que deveria ser atribuído às realizações. Por isso que uma lição ou uma prova não representam, na maior parte das vezes, elementos de motivação suficientes para modificar os comportamentos dos aprendizes. Se eu não atribuo uma relação de significado ao que estou aprendendo, a chance de desenvolvimento é muito pequena; salvo para alunos que já possuem habilidades e competências positivamente configuradas - e mesmo para esses, não podemos, de fato, mensurar como referência de aprendizagem -, as referências pedagógicas tornam-se um problema grave.
A metodologia da aprendizagem por projetos, por outro lado, trata exatamente de atribuir significados concretos aos movimentos dos conceitos curriculares. Por isso, a questão essencial do protagonismo: quando se busca essa atribuição dos significados, as ações ganham muito mais envolvimento e pertencimento, no que diz respeito às atribuições de o que fazer. Estudantes, professores e o entorno escolar percebem-se altamente envolvidos nesta questão.
Claro que vai representar um maior trabalho por parte de todos os envolvidos, mas, certamente, todos os resultados serão muito mais positivos.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Anotações - Saber o que está acontecendo

Aquela ideia de que "não li e não gostei" há de ser revista... Uma palestra a que assisti recentemente colocou-me a reflexão de que precisamos estar atentos ao que está acontecendo. O expositor falava dos avanços tecnológicos e o quanto precisamos estar conectados com as ferramentas digitais, que se renovam constantemente. Mas, penso, a máxima vale para todos os campos de conhecimento. Disse o palestrante: "Você pode até não gostar do que está acontecendo, mas não pode não saber o que está acontecendo".
É frase, na minha opinião, para guardar nas anotações gerais. E trazer sempre à baila dos pensamentos.
Vira e mexe, confundimos os dois conceitos. Já que eu não gosto, não preciso saber... é o que pensamos e o que se traduz no mantra lá em cima: "não li e não gostei...".
Mas é preciso entender o que está acontecendo. E esse entendimento pressupõe a sapiência do que está acontecendo, a formulação de conceitos e de conhecimentos pertinentes, justamente, a essa ocorrência. Não se pode vislumbrar manifestações de opiniões sem que essa conexão seja verificada.
Na maior parte das vezes, somos tomados por juízos de valores superficiais e expressamos nossas opiniões fundamentadas nessa superficialidade... Não dá!
Faz-se necessário - e muito! - entender muito bem o que está acontecendo!

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Anotações - Teoria e prática

Uma propaganda de uma instituição de ensino, que vi um dia desses, chamou-me a atenção pela exploração de sentido entre dois elementos pertinentes ao universo da Educação: "Teoria é algo que só se aprende na prática", dizia a mensagem da propaganda.
Desde sempre, nos espaços acadêmicos, somos instados a tratar os dois conceitos com uma certa polarização... "Na teoria, a prática é outra..." é o mantra que perpetuamos em nossos discursos, para referirmos, justamente, ao distanciamento entre um e outro conceito. E vimos, cotidianamente, em nossas ações exemplos de que, decerto, esses conceitos são opostos.
Penso o que se passa em nossa mente nem é exatamente a ideia de oposição. Mas, sim, a de confronto com o que acreditamos ser uma referência (balizada, talvez, em nossas elaborações, tanto das práticas, quanto das teorias...).
O que a propaganda me trouxe foi uma nova maneira de olhar para tais conceitos. Ora, os conceitos teóricos são resultados de estudos e elaborações científicas de percepções, exatamente, de realizações práticas. Não se inventou nada; apenas os estudiosos fundamentais valeram-se da capacidade extrema de observar o que estava acontecendo e formularam conceitos para aquilo. E a validação, ou não, destes conceitos, estava no exercício da volta à observação da prática.
Então, as ideias de teoria e prática são, na verdade, elementos de uma correlação magnífica no campo do conhecimento.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Presentificação

Neste dia chamado hoje, neste exato momento chamado agora, nos caminhos de sua evolução pessoal, eu só tenho um desejo: que você descubra a força imponderável que está dentro de você e que a utilize de forma positiva.
Grande parte dos problemas que se verificam em relação à busca dos caminhos para o desenvolvimento (pessoal, social, emocional etc.) está na questão de que vivemos em falta de sintonia com o momento presente. A máxima que aprendemos nas lições do cotidiano está correta, lamentavelmente: estamos em grande parte concentrado na projeção de um futuro que não se conhece ou na lamentação de um passado em que vivemos.
Ainda não podemos prever o futuro, não certamente. O nosso futuro será sempre a soma das ações, das intenções e das realizações que estamos a desenvolver no agora.
Não há como mudar o que fizemos... o nosso passado é aquilo e pronto! Se ele foi ruim, por alguma questão, é preciso que aprendamos a passar por isso; se ele foi muito bom, é preciso que, também, vençamos isso. O máximo que podemos tirar das realizações passadas é a lição que tudo representou; se não houver lições a verificarem-se (sempre há!), de acordo com a nossa visão, esqueçamos...
Esse momento presente é o que, verdadeiramente, conta!
Olhe bem para dentro de si. Há, aí, um emaranhado de forças prestes a serem elaboradas a seu favor. Faça isso! Desembaralhe todos os nós de que elas são feitas e aprenda a olhar bem para elas. Conheça-as. Meça-as em toda a sua dimensão. Sinta sua constituição, sua pulsação.
A força que habita o seu interior, certamente, será a realização das lições e dos ensinamentos que lhe fizeram ser o que é. Se perceber que falta alto, ou é porque os ensinamento foram poucos, ou é porque as aprendizagens foram poucos - reflita sobre isso.
As aprendizagens sempre são o resultado de tudo o que você converteu em conhecimento dos ensinamentos que recebeu. Perceba que é preciso ser ativo. Os ensinamentos sempre chegaram - e sempre chegarão - até você. A conversão disso tudo em conhecimento é pura responsabilidade - e dever! - seu. Pense, então, no quanto de conhecimento habita o seu ser. E não se preocupe com as inevitáveis comparações. Cada pessoa passou por experiências e vivências diferentes; é normal que tenhamos, também, experiências de aprendizagens diferentes. O que deve incomodar-lhe, se me permite, é a reflexão de o quanto de conhecimento você precisa para tomar suas decisões.
Se aquelas aprendizagens pelas quais passou não o municiaram dos conhecimentos necessários, você tem que ir atrás de novas aprendizagens. É um moto contínuo essa vida de evolução, não se assuste.
Para perceber esse dinamismo todo, não há outro caminho que não o da presentificação. Viva o presente, sinta o presente, respire o presente, conecte-se ao presente, esteja atento a esse presente. É, talvez, a única forma de você entender essa força que habita em você!


segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Dia do Saci

Amanhã, 31 de outubro, é comemorado o Dia do Saci. No estado de São Paulo, em cuja capital resido, a data foi oficializada a partir da Lei nº 11.669, de 13 de janeiro de 2004, com a clara intenção de exaltar o folclore brasileiro, em uma tentativa de oposição à comemoração do Dia das Bruxas, amplamente comemorado na maioria dos países de língua inglesa.
A festividade que homenageia o personagem folclórico tem acontecido em alguns municípios desse Brasil afora. Em São Luiz do Paraitinga, cidade do interior paulista, há uma comemoração fantástica que marca, com renovada participação de um público externo, esta certa resistência em prol do Saci - a Festa do Saci e Seus Amigos, em São Luiz do Paraitinga, está na sua 15ª edição e desenvolve-se em três dias de um banho de cultura e de entretenimento altamente essenciais para quem se preocupa com a evolução da cultura popular e com o respeito às tradições.
Claro que falar em tradição pode suscitar críticas de tratar-se de um pensamento conservador, mas se pensarmos bem veremos que um dos maiores problemas do nosso desenvolvimento cultural é exatamente a falta de uma preocupação com a memória e os valores culturais próprios. Bem sei que a cultura é uma ciência dinâmica e que se fundamenta nas trocas de referências de diversas manifestações, mas essa troca só é positiva quando o conhecimento e a tradição das raízes fundamentam-se de maneira sólida. Senão fica uma cópia destituída de princípios, balizada apenas em aspectos de modismos e de deslumbre. Foi o que aconteceu, na minha modesta opinião, em relação às comemorações do Dia das Bruxas.
Importada mais por modismo, essa comemoração ganhou escolas, clubes e condomínios, sem que ninguém soubesse exatamente o significado de alguns símbolos exaltados. Assim, teias de aranhas, abóboras e fantasias que remetem ao universo de filmes de terror foram, repentinamente, incorporadas ao cotidiano da juventude. Isso sem dizer no incompreensível (aos nossos costumes) mote repetido por crianças nas portas dos vizinhos: "doces ou travessuras".
Do ponto de vista de uma demanda pedagógica, penso que temos em mão uma interessante reflexão que vale a pena fazer, em nome de um trabalho educacional de verdade. Se a ideia é trabalhar conceitos culturais de uma língua estrangeira, a comemoração do Dia das Bruxas vem bem a calhar - escolas estrangeiras ou de idiomas devem valer-se bastante dessa referência. Mas se o caminho é discutir e apresentar referências de uma cultura nacional, o Saci pode dar conta muito bem dessa empreitada.
E olha que o Saci até não é exatamente de origem brasileira. A sua característica, sim, de travessura e de molecagem é que incorporou-se bem ao modelo de formação do nosso povo miscigenado e passou a representar nosso conceito de folclore e de cultura popular. Não à toa os movimentos de resistência cultural adotaram a figura do Saci como de oposição à comemoração das bruxas.
Não considero que seja necessária uma ideia de oposição. Tanto uma cultura quanto outra fundamentam-se em princípios comuns e relacionam-se entre si com elementos de integração. O que penso de maneira mais contundente é que somos responsáveis pelos valores pedagógicos. Se, a partir de um princípio de planejamento e de intenção pedagógica, optarmos pela valorização de uma ou outra manifestação, faz-se altamente necessário que saibamos explicar muito bem aos jovens os fundamentos que sustentam uma ou outra comemoração.
De minha parte, justamente pelos princípios de intenção pedagógica, viva o Saci!

(Obs.: O texto acima, guardadas pequenas observações de atualização cronológica, é o mesmo publicado no ano passado, em mesmo período. Sei que pode parecer falta de originalidade, mas explico a repetição pela urgência do tema e pela necessidade de mantermos vivas a preocupação e a ideia de trazer à tona esta reflexão tão fundamental.)


quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Anotações - Pensar em coisas lindas

É tão importante, quando não esquecemos dos movimento racionais do nosso processo de evolução, apegarmo-nos aos referenciais poéticos que nos chegam... Na verdade, é preciso que haja um equilíbrio preciso entre a técnica e a poética nos caminhos do nosso desenvolvimento.
Pensei nisso ao ouvir o poema "Pensar em coisas lindas", do Oswaldo Montenegro. A letra faz parte do espetáculo Vale Encantado. Para se ter uma ideia, clique aqui e espere a parte falada da música... acho que vai gostar!
E é tão incrível que associamos os referenciais poéticos da nossa vida ao universo da infância! Está na infância o pressuposto de sabermos enxergar as magias e as poesias da vida, para não nos sucumbirmos às tristezas da vida... (Na letra, há um pedido para que guardemos a tristeza em nome da capacidade de pensar em coisas lindas... "Quando vocês estiverem tristes, pensem em coisas lindas...", diz o verso.).
E há, no poema, uma lista de coisas (algumas absurdas, mas extremamente divertidas e sensíveis) que servem para nos aguçar o universo das tais coisas lindas. Vejam lá... acrescentem outras referências. E quando não conseguirem ver beleza nos seus rumos, pensem em coisas lindas...

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Anotações - Boatos e notícias falsas

É cada vez mais incrível a quantidade de notícias veiculadas nas redes sociais e/ou transmitidas por aplicativos de mensagens, sem que tenhamos a mínima preocupação de constatar serem aquelas informações reais ou fantasiosas.
Confesso que até entendo um pouco esse movimento: ele está fundamentado na urgência que temos... bom, para alguns, é brincadeira mesmo, como quem ver o circo pegar fogo. Na questão da urgência, a pessoa, talvez até imbuída de boa vontade, vê o aviso luminoso de que se deve compartilhar aquela história com o maior número possível de pessoas e, pronto, nem se dá conta de que tudo aquilo pode ser um boato ou notícia falsa.
Mas, alertemo-nos, algumas histórias nem mesmo são críveis... basta uma olhada mais cuidadosa, que já pescamos um ou outro sinal de que algo está errado. Um dos principais sinais é mesmo o do aviso luminoso para espalharmos para o maior número possível de pessoas. No mais, devemos exercer, digamos, uma postura de cidadania virtual: antes de espalhar uma notícia, certifique-se, minimamente, de que aquilo é real.
Da mesma forma que o mundo digital permite esse fenômeno, a mesma tecnologia ajuda-nos na constatação da veracidade do que recebemos. Se não houver veracidade, não repassemos... simples assim!
Claro que vamos ter um pouco mais de trabalho, mas estaremos no papel pleno de cidadãos.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Conceitos - Uma aventura reflexiva sobre definições de ideias para o desenvolvimento pessoal

É preciso criar um propósito reflexivo nos caminhos do desenvolvimento pessoal. O pensamento, base para esse propósito, pode ser exercitado – constantemente! – em direção ao estabelecimento de uma série de conceitos que fundamentarão a construção do conhecimento. Mas não devem ser conceitos adquiridos de forma pasteurizada, decorados de apreensões rápidas. Eles devem ser trabalhados de maneira artesanal, sempre em construção, para a internalização dos saberes ali contidos.
É uma via de mão dupla: quando nos preocupamos com a definição dos conceitos, estamos nos prontificando para o saber dos conceitos. É o que, verdadeiramente, importa, no plano do desenvolvimento pessoal.
Este blog, por exemplo, foi constituído para contribuir com essa referência, a de apontar conceitos que precisam ser definidos, de maneira reflexiva, para o aprimoramento das variáveis intelectuais. Veja que foi dito que “os conceitos precisam ser definidos”, o que nos leva a um dos objetivos aqui sempre em discussão: não se pretende fechar definições. A ideia é a de criar um roteiro reflexivo sobre os temas abordados, de forma que cada um de nós busque o melhor caminho para as conceituações. Assim, planeja-se que cada indivíduo sinta-se responsável pelo trilhar do seu caminho.
Para o que se pretende, se você recorda as publicações por aqui mostradas, foram levantados – levando-se em consideração a experiência do autor – conceitos-chave, pensados como significativos na jornada da evolução pessoal. Mas não é uma lista fechada e é bem provável que, ao longo das leituras, você tenha sentido vontade de suprimir algo ou acrescentar outro tema para sua reflexão; é tarefa muito bem vinda, acredite. Fique à vontade para essas revisões. Um professor que tive, de quem sinto muitas saudades, dizia: “Ler um livro é escrevê-lo outro à margem.”.
No mais, fico preocupado com a conotação que a palavra “aventura”, lá do subtítulo, possa suscitar em alguns pensamentos, já que a ideia nem sempre é positiva. Aqui, a variável de aventura diz respeito ao caminho dos heróis, um processo que quase sempre exige muita determinação e considerável esforço para chegar ao pretenso fim, no preparo de intermináveis outras missões.
Que seja assim! A jornada do seu desenvolvimento pessoal tem o mesmo valor do processo heroico. Busque os seus conceitos, defina-os, reflita incansavelmente sobre eles. O caminho da evolução pessoal já está traçado!


quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Anotações - Lições de empreendedorismo: Parcerias

No movimento de empreendedorismo, essencial para o nosso desenvolvimento profissional, uma das lições que devemos absorver dos caminhos é o das parcerias.
O estabelecimento de parcerias é essencial para qualquer realização profissional, seja ela em nível empregatício ou de empreendimento. Só um parêntese, a título de reflexão: essa divisão aqui é meramente conceitual (empregatício = ser funcionário; empreendimento = ter um negócio), já que o empreendedorismo está - ou deveria estar - no cerne de qualquer realização de trabalho. Empreender significa estabelecer parâmetros de trabalho fundamentados em percepções responsáveis de realizações de atividades, compreendidas todas as relações (sociais, materiais, econômicas etc.) estabelecidas nas diversas fases de produções.
A ideia de parceria está na concepção de que ninguém consegue fazer nada sozinho. É preciso estar antenado e conectado com colaborações externas, ao mesmo passo em que se configura também um movimento colaborativo para fora. As parcerias são - e devem ser - no sentido de mão dupla.
Os caminhos do estabelecimento das parcerias são os mais diversos. Ora, conceituais (fornecedores, clientes etc.); ora, filosóficos (amigos, familiares, mentores etc.).
Várias reflexões são suscitadas nestes caminhos, já que a mão dupla (como está dito acima) pressupõe que os movimentos devem ser coletivos. Mas o principal pensamento, no caminho do estabelecimento de parcerias, deve ser o da questão da autonomia. Na busca da consolidação das parcerias necessárias ao desenvolvimento de um trabalho qualquer, deve-se ouvir sempre o torvelinho  mental que lhe indica o quanto de autonomia está sendo beneficiado ou prejudicado com aquele movimento.


terça-feira, 17 de outubro de 2017

Anotações - A relação pedagógica

As relações que se devem estabelecer nos espaços escolares devem ser estritamente pedagógicas. A relação pedagógica é aquela cujos movimentos pressupõem um processo de desenvolvimento humano, fundamentado por mecanismos acordados em um sistema coletivo de atuação, regido por propostas e planejamentos discutidos e embasados em conceitos e metodologias aceitos pelo grupo. É um grupo que define o encaminhamento das atividades, sempre previstas as reflexões conceituais das atividades.
Digo isto porque soube de alguns casos recentes de atuações de professores, em espaços diversos, que chocam justamente o princípio da coletividade e da organização do trabalho. Foram posturas que enxergaram as conveniências e a preocupação de um desenvolvimento mais individualista, sem vínculos com os compromissos coletivos.
De verdade, não vejo problemas em situações em que alguns professores se sobressaiam das atitudes de outros do grupo. A questão maior, na minha opinião, é quando esse movimento objetiva tão somente a auto promoção, sem o mínimo de cuidado com o que se estabeleceu na relação pedagógica.
O que está em jogo é o compromisso de, em coletividade, as ações estarem referendando os caminhos de desenvolvimento do aluno. E desenvolvimento, aqui, não diz respeito, apenas, às questões técnicas e curriculares; o desenvolvimento a que se pretende chegar está nos níveis intelectual, social, emocional, cultural e por aí afora.


segunda-feira, 16 de outubro de 2017

O Dia do Professor


Ontem, comemoramos o Dia do Professor. Fico pensando nos grandes professores que tive (em espaços formais ou não) e reconheço que está aí um encargo dos mais honrosos. Transmitir ensinamentos (formais ou não), no desejo puro de que haja uma transformação de desenvolvimento, é uma das missões mais nobres que eu conheço... Penso que em relação à nobreza das missões, ser professor só perde para a de ser mãe; bom, se você for mãe e professora, então, sinta-se duplamente reconhecida na grandeza de seus trabalhos!
Bem sabemos todos nós que a Educação não é das áreas mais valorizadas em nosso país. E que, por isso, a profissão de Professor não ganha muito prestígio nos dias de hoje. E que é bem possível que poucos (talvez muitos poucos...) jovens não a tenham como carreira a ser seguida. Mas não vamos nos lamentar.
É preciso que todos os Educadores, em sua interioridade, sintam-se determinados e confiantes no seu trabalho. Não há desenvolvimento sem a mão de um Professor. E só por aí já teríamos uma vasta dimensão para comemorações.
O Professor é responsável pela condução dos pensamentos de uma criança ou de um jovem. É pelas ações e atitudes de um Professor que os alunos moldam seus caminhos. Se pensarmos nas crianças pequenas, o Professor não é só um condutor; é uma espécie de herói ou de deus.
E é justamente pela ideia mítica do caminho do herói que me vêm os melhores simbolismos de homenagem aos rumos desta profissão. Também o herói não é uma figura reconhecida em sua missão, já que cabe ao herói não o fazer bonito, mas o fazer que se deve ser feito. Por isso, os heróis não agradam todo mundo... Os heróis não esperam reconhecimento em suas missões; simplesmente, suas demandas - que se tornam verdadeiras aventuras - são o combustível de suas vidas. E ao herói não é dado o beneplácito do descanso; tão logo uma missão é completada, outra - mais emergente - é iniciada.
Caro amigo Professor, não se desvincule de suas conexões políticas, nem de suas ambições terrenas. Mas não perca de vista que escolheu um trabalho que encerra, mais do que a transmissão de conceitos técnicos, a determinação de provocar a transformação àqueles que lhe circundam.
Ainda que fique chateado com as dificuldades que lhe chegam, saiba que seu trabalho é de suma magnitude na vida dos jovens que lhe são destinados como aprendizes.
Ainda que o desânimo lhe pegue, sem sobreaviso, nas esquinas da vida, jamais deixe de acreditar que o seu movimento - real, honesto e modelar - vai elevar outras tantas esquinas de vida.
Gosto de pensar sempre naquelas situações extremadas, em que os grandes Professores pareceram tirar uma carta mágica qualquer e reverteram trilhas que pareciam perdidas. É assim com as Professoras que trabalham a alfabetização, por exemplo... Mas também o é com o Professor que fez rebrilhar os olhos daquela criança esquecida na sala de aula... Ou com aquele que envolveu a sala de aula inteira na realização de um projeto que, nos bastidores, todos diziam parecer maluquice... Ou, mágica das mágicas, com aquele que, contrariando todas as lógicas possíveis, fez com que alguns jovens quisessem ser professores também.
Que o dia de ontem - e todos os demais dias dessa empreitada de beleza sem igual - tenha sido vivido com a alegria de quem, nos dissabores de sua profissão, saiba da grandeza de sua determinação. E que, com isso, tem feito cada caminho espinhoso transformar-se na mais frondosa árvore.