quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Anotações - Sobre pressão e mediocridade

Fiquei pensando na fala da jovem que se manifestou preocupada com a questão da pressão que, às vezes, sofria diante de seu destaque em algumas avaliações por que passou nos sistemas escolares. Dizia a moça de o quanto a incomodava as observações de alguns professores em virtude do fato de que se saía bem naquelas avaliações. Os professores, errados na minha opinião, colocavam-na em destaque ora menosprezando os outros alunos, ora agindo com distinção a ela. Isso a incomodava, também. Mas ao lembrar-se disso, dizia a moça de o quanto ela não gostava de sentir-se pressionada. Foi aqui que a conversa me fez pensar no tema dessa nossa conversa.
Ora, quando nos destacamos em algum momento, por conta das competências ou habilidades que se desenvolveram em nós, certamente que vão esperar que façamos sempre o melhor. Isso é estressante, entendo, mas não há muito o que fazer. Estaremos sempre pressionados por essa marca. E não é só uma pressão externa, que vem dos outros, nós também nos pressionamos muito.
Agora, veja: até há uma solução para tudo isso. Essa solução atende pelo nome de mediocridade... A mediocridade é, justamente, o movimento de não nos sobressairmos pelos caminhos. Se ficamos pela média (a mediocridade), é natural que não vão esperar muito de nós... e, então, não seremos pressionados a fazer nada melhor. A média já estará boa. E, olha, é preciso que se diga: para uma boa parte das soluções da vida, estar na média não é de todo ruim.
O problema maior é que estar na média (ser medíocre!) não nos diferencia. E é preciso tanto, nos espaços de desenvolvimento pessoal, que estejamos diferenciados, que façamos o melhor. Mesmo que, a cada rumo, haja uma pressão muito grande em nossos ombros! 

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