As relações que se devem estabelecer nos espaços escolares devem ser estritamente pedagógicas. A relação pedagógica é aquela cujos movimentos pressupõem um processo de desenvolvimento humano, fundamentado por mecanismos acordados em um sistema coletivo de atuação, regido por propostas e planejamentos discutidos e embasados em conceitos e metodologias aceitos pelo grupo. É um grupo que define o encaminhamento das atividades, sempre previstas as reflexões conceituais das atividades.
Digo isto porque soube de alguns casos recentes de atuações de professores, em espaços diversos, que chocam justamente o princípio da coletividade e da organização do trabalho. Foram posturas que enxergaram as conveniências e a preocupação de um desenvolvimento mais individualista, sem vínculos com os compromissos coletivos.
De verdade, não vejo problemas em situações em que alguns professores se sobressaiam das atitudes de outros do grupo. A questão maior, na minha opinião, é quando esse movimento objetiva tão somente a auto promoção, sem o mínimo de cuidado com o que se estabeleceu na relação pedagógica.
O que está em jogo é o compromisso de, em coletividade, as ações estarem referendando os caminhos de desenvolvimento do aluno. E desenvolvimento, aqui, não diz respeito, apenas, às questões técnicas e curriculares; o desenvolvimento a que se pretende chegar está nos níveis intelectual, social, emocional, cultural e por aí afora.
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