segunda-feira, 10 de setembro de 2018

A Educação - A arte de manter a esperança acesa

Quem trabalha com Educação, precisa saber o mantra de cor: é necessário manter acesa a esperança!
O problema é que vivemos tempos de desesperança... Como manter a esperança acesa nos alunos se os professores não sabem bem ao certo o que é essa tal de esperança?
Nos dias de hoje, seja por conta das enxurradas de notícias políticas que nos assombram, seja pelas incertezas econômicas que nos empurram para lodos inimagináveis, seja pela falta de credo nas instituições, o que é certo que acordamos cada dia menos esperançosos. Achamos que chegamos ao fim e que não há muito mais o que fazer e que tudo o que está por aí é assim mesmo e nunca teremos força para mudar isso...
O problema da desesperança é que ela não nos deixa enxergar luz pelos túneis em que passamos. E, acreditem, há sempre luz pelos túneis em que vamos atravessar!
O mundo é sempre o mesmo - acontecem coisas ruins e coisas boas. Como vivemos tempos cinzas, enxergamos só um dos lados... aliás, superdimensionamos um dos lados. As coisas ruins que nos chegam alcançam percepções extremamente superiores, a ponto de só as enxergamos e as distorcemos para algo contra o qual não se pode lutar. Não temos olhos, sentidos e percepções para o que há de bom. E, repitamos, o mundo é sempre o mesmo: coisas ruins e boas acontecem o tempo todo - não sei, ao certo, as proporções, já que em alguns momentos vislumbramos mais um rumo do que o outro... Têm ocasiões em que só acontecem coisas boas, mesmo na trilha das coisas ruins...
Pois o exercício da esperança começa, assim, com o desenvolvimento da percepção das instâncias que nos rondam. Olhe melhor para o seu entorno; aprenda a distinguir entre um lado e outro - veja bem se aquilo que lhe pareceu ruim é verdadeiramente ruim... ou se fez acender uma oportunidade de transformação para que coisas boas pudessem aflorar. Só se pode fazer, de fato, esse exercício, quando se deixa o raso daquilo que se nos aparenta.
E aqui mora um grande fator que nos empurra para o pântano da desesperança: não nos preocupamos em ficar nos rasos... Ou o que é pior - não direcionamos força e determinação para sair desses rasos, ainda que esbocemos algum resquício de movimento para o lado iluminado da força. São aqueles movimentos de apatia ou de desestímulo, em que o sujeito prefere culpar quem quer que seja (o sistema, o governo, a chuva, a falta da chuva, o dono da padaria, o trânsito, o preço da gasolina, o cachorro do vizinho... e por aí vai) a determinar-se a quebrar os paradigmas da negatividade.
Quando trabalhamos em Educação, temos que estar atentos aos exercícios da percepção real daquilo que nos chegam. Se é coisa boa, deveremos transformá-la a partir de uma consciência pedagógica para o fortalecimento da variável; se é coisa ruim, deveremos, também, buscar transformações oriundas de uma consciência pedagógica para a reversão daquela variável.
É assim que se busca a esperança, com a consciência pedagógica da transformação das realidades que nos chegam... sejam elas ruins ou boas!


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