terça-feira, 20 de setembro de 2016

Anotações - Ordens mentais

Para além da piada do sujeito que justificou o fato de falar sozinho por gostar de conversar com pessoas inteligentes, o fato de você estabelecer uma conversa consigo mesmo pode ser convertido em elemento de motivação.
Pensei muito nos atletas, de quem gosto de observar comportamentos e atitudes, principalmente aqueles de competições individuais. Antes da execução de sua habilidade, ele gasta um tempo revendo, mentalmente, as variáveis que perfazem o desenvolvimento de sua especialidade; neste momento, ele trava uma conversa consigo mesmo, apontando para si os melhores e os mais perfeitos caminhos da execução de sua prática esportiva. Provavelmente, esses caminhos foram treinados à exaustão e discutidos por intermináveis vezes com o seu treinador ou sua equipe. Seguramente, naquele momento, além de repassar tudo o que foi treinado, há também a referência de gestão de quem se assegura de analisar os rumos previstos, ajustando-os às adversidades do momento. Mas, também, há uma espécie de conversa mesmo, algo até intimista, suponho, de quem fica se lembrando para ser melhor do que na prática anterior.
E nessa conversa, há todo um jogo de ordens mentais, como de quem busca armazenar preceitos e dispositivos para que o foco esteja na superação do que já tenha sido. Essa, na minha opinião, é a melhor motivação. Uma conversa ensimesmada, na busca de fazer o melhor.

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