segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Planejar é preciso!


Recomeçam os encontros de professores nas mais diversas escolas, em preparo ao ano letivo que, logo, se inicia. É preciso dedicarmos tempo e esforço para esse reinício a que convencionamos chamar de reuniões de planejamento. Planejar é preciso!
O vislumbre de uma educação de melhor qualidade em que todos, alunos, professores e pais, reconheçam o significado das aprendizagens passa pela dedicação e planejamento de uma escola melhor. E cada um precisa dar sua contribuição para o alcance dessa intenção. Pais e alunos têm sua responsabilidade no processo, haja vista que a verdadeira educação começa no ambiente familiar. Escolas precisam se comprometer à seriedade com que trabalham a escolarização.
Não vou me deter aos aspectos familiares, embora reconheça a importância dessa variável, pois não é o propósito direto deste espaço. Aqui, pretendo, ainda que minimamente, envolver os agentes dos espaços pedagógicos em uma reflexão sobre a construção do conhecimento e o quanto esse momento de reuniões de planejamento pode contribuir para uma visão mais positiva do fazer pedagógico.
Cabe à Escola apresentar aos alunos - e por esteira, à família - conceitos de desenvolvimento acadêmico, do saber científico, que os faculte aos processos de desenvolvimento intelectual. Ora, não se faz isso sem um pouco de organização de ideias, de objetivos, de estratégias. Saber o que se vai ensinar, como se vai ensinar, para quê se vai ensinar são reflexões que demandam uma postura crítica e atuante dos professores. E não vale copiar os registros fáceis que se encontram nos materiais didáticos que nos chegam, impensadamente, nos dias tecnológicos de hoje. É preciso um movimento de internalização de seus saberes, de leituras de mundo, de conhecimentos metodológicos, de visão ampla da realidade que nos cerca para que os professores possam entender melhor essa variável de planejamento. Eu coloco no meu planejamento aquilo que é significativo para mim. E, para se ter uma clareza do que é significativo, é preciso recorrer às múltiplas leituras que nos fizeram dotados de um saber. Depois, estabeleço objetivos, traço ações, listo conteúdos, relaciono métodos, prevejo modelos de avaliação e por aí vai. E, sobretudo, jamais perder-se da relação coletiva com que a Escola se mantém.
Tornar seu objeto de trabalho uma instância positiva de desenvolvimento e de evolução de aprendizagens deve ser o norte de todos os professores. Planejar é preciso!

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