Já que iniciamos uma breve reflexão sobre a ideia de
planejamento, em virtude de o que as Escolas passam nessa época, gostaria, se
me permitem, de continuar um pouco mais sobre o assunto. Nesta continuação,
proponho alguns tópicos que, penso, deveriam ser objetos de reflexão para o
aprimoramento desses encontros.
Em minha opinião, a realização de um Planejamento Escolar
deve ser pautada pela disponibilidade dos envolvidos na busca de caminhos que
melhorem o processo pedagógico. Em sendo este processo variável que se
relaciona com o coletivo dos espaços pedagógicos (direção, coordenação
pedagógica, famílias, alunos, professores e demais funcionários da Escola), a
ação deve ser pensada exatamente como elemento de coletividade e não apenas
como referência às aulas que serão ministradas. E é exatamente esse senso de
coletividade a ser explanado como primeiro tópico.
A ideia refletida no simbolismo de
uma atmosfera já nos remete a um conjunto de atores em convivência no mesmo
espaço e guardando, entre si, uma intenção de sinergia. É assim que deveria ser
nos espaços pedagógicos: todos os envolvidos agindo, de forma coesa e natural,
para que os esforços demandem, coletivamente, resultados melhores que se fossem
individuais.
Para isso, é preciso trazer
constante a leitura de quantos participam dessa atmosfera – direção,
coordenação pedagógica, professores, alunos, famílias e todos os funcionários
da Escola. São muitos. E cada um desses atores com suas individualidades e
idiossincrasias, que os constituíram – formação pessoal, familiar, intelectual,
religiosa, profissional, cultural etc. E é exatamente com essa teia que a
Escola precisa lidar, cotidianamente, para que seu trabalho seja positivo.
Entender como se comporta essa
teia em relação a aspectos específicos pode representar uma maior otimização
dos recursos que a Escola possui. Assim, se há algum conteúdo a ser trabalhado
em determinada disciplina, por exemplo, que possa ser integrado e/ou
relacionado com outros professores ou com outros aspectos daquela “atmosfera”,
todos sairão ganhando. De outra forma, se há algum aspecto constituinte do
ambiente da Escola e/ou da comunidade em que está inserida, no qual possa desenvolver-se esta ou aquela proposta, ele deve ser usado e abusado para o bem das ações.
Buscar alcançar a positividade
pedagógica dessa atmosfera vai demandar um pouco mais de trabalho, é verdade. Entretanto,
a melhoria do fazer pedagógico implica, exatamente, a consciência desse esforço.
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