Atualmente,
vários pontos são muito discutidos em Educação. Termos como Metodologias,
Estratégias, Avaliações, Disciplinas etc são facilmente encontrados
em debates e discussões sobre o tema. Parece-me que, a despeito do valor que
todos esses itens possam ter no processo de evolução educacional, é preciso
ressaltar e destacar a figura do Educador. O Educador tem uma importância muito
grande, já que desempenha um papel dos mais valorosos no contexto de
significação da prática educacional. Independentemente dos aspectos
sistemáticos, já que cada Instituição de Ensino vai priorizar uma ou outra
referência, a figura do Educador ganha uma conotação muito maior, na medida em
que é ele o principal condutor dos referidos aspectos.
E deve o
Educador perceber, tendo em vista que acaba assumindo uma grande parcela da
responsabilidade na prática pedagógica, que no espaço escolar atuam diversas instituições,
nem sempre integradas ou imbuídas dos mesmos propósitos. Faz-se, então,
necessária uma busca constante de uma orientação positiva ao encaminhamento dos
trabalhos; positiva, aqui, no sentido de que se encontrem soluções práticas de
conversão das dificuldades em possibilidades reais que priorizem as ações
coletivas.
A análise da
importância do professor no processo do estabelecimento de uma visão positiva
da ação educacional vai, também, estar intimamente relacionada com o
questionamento sobre as variáveis de formação por que esse profissional deve
encaminhar o desenvolvimento de seu trabalho.
Quando se
fala em formação do Educador, deve-se ter em mente dois principais aspectos
desta variável: há uma formação acadêmica, oferecida por instituições
próprias, reconhecidas por organismos competentes; e há uma formação que
podemos, aqui, chamar de vivencial, de cunho prático-reflexivo,
oferecida ou não por órgãos e/ou instituições.
Não se pretende, aqui, traçar paralelos comparativos aos
dois aspectos, mas é possível, mesmo empiricamente, conceituar uma análise
diagnóstica a propósito deles. Enquanto a formação acadêmica trata de subsidiar
o profissional com os referenciais teóricos e técnicos, a formação vivencial
procura (ou deve procurar) suprir a carência de uma reflexão mais apurada
acerca da dimensão prática do trabalho, em que se inserem as ações dinâmicas do
cotidiano.
Na formação acadêmica, priorizam-se os elementos
conceituais, não necessariamente buscando adequadamente o estabelecimento de
uma correlação com uma práxis de trabalho. Um paradoxo vai surgir justamente na
extensão prática da atividade do Educador. Ali, no front, em sala de aula, a formação acadêmica não vai ser suficiente
para um bom desenvolvimento das suas funções. É bom que se frise melhor: “a
formação acadêmica não vai ser suficiente”, o que significa não se dever
preterir uma variável de formação a outra. Entretanto, como o objetivo maior da
Educação deve ser o de promover o desenvolvimento
sócio-afetivo-intelecto-cultural do ser humano, o Educador precisa ser um
sujeito constantemente revisor de suas ações e posturas teórico-práticas.
Quando se diz formação
de Educador, essa ideia precisa estar o tempo inteiro à frente de um
planejamento – está no Educador a busca constante de uma releitura de suas
ações. O que é curioso, entretanto, é a observância de uma identidade cultural,
segundo a qual o indivíduo represa o movimento que objetiva o seu
aperfeiçoamento profissional. E esse aperfeiçoamento é o que vai garantir uma
maior positividade na relação com o aluno (desde a percepção do aluno até uma
autocrítica referente às suas características de professor). O resultado de uma
postura inerte frente aos caminhos de formação vai ser, obviamente, a baixa
qualidade de ensino e posterior desmotivação, tanto do aluno, quanto do próprio
educador.
A baixa qualidade de ensino já foi amplamente
discutida e, constantemente, torna-se conclusão indevida para colocar a culpa
em uma ou outra instituição participativa do espaço escolar. Não nos custa
repetir, reflexivamente, que, dada à extensão do seu papel, reside-se nas
funções do professor a importância de atribuir-se maior responsabilidade na
prática educativa e, assim, criar, incansavelmente, situações para que o seu
aperfeiçoamento seja constante, duradouro e - porque não? - prazeroso.
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