Escutei, no Metrô, dois senhores
de idades avançadas conversando e apurei a seguinte mensagem, em tom festivo e
de conclusão a algo que estavam observando: “É, vivendo e aprendendo... E nunca
acaba de aprender”... Para o senso comum, não é difícil assimilar a máxima – nunca terminamos de aprender. Na
prática, e saindo do senso comum, percebo que há problemas em pensarmos que nunca
se acaba de aprender. Exatamente por vivermos em uma sociedade notadamente
apressada, que já conta com o produto final, a ideia de aprender sempre parece
representar certo suplício.
Entretanto, e é bom que tenhamos
essa consciência, a aprendizagem, de fato, nunca termina. Quanto mais nos
enxergarmos como seres em desenvolvimento, tanto mais estaremos abertos a novas
experiências de saber. Estar aberto a essas novas experiências significa,
grosso modo, disponibilizar-se para a recepção de novos conceitos e de
transformações mentais. Aprender algo exige um constante colocar-se disponível
para os estímulos – os mais diversos – que nos chegam; estar atento e disposto
a estes estímulos – e observá-los com olhos de querer saber - é o que diferenciam
os que conseguem aprender mais.
Daí é só aproveitar da vida o
que ela nos traz e sempre observar, em tom festivo: “É, vivendo e
aprendendo...”.
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