quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Anotações - Devoção e preparo

No momento da Colação de Grau, a professora homenageada incluiu em seu discurso um dístico pensado como uma expressão de efeito: "Não importa como você conduza sua carreira a partir de agora, mas deve estar atento constantemente aos referentes de devoção e preparo em seu processo de formação...". Foi mais ou menos assim.
A ideia de devoção e de preparo resvala para um significado complexo no desenvolvimento profissional de qualquer carreira: é preciso que sejamos devotos (incluídos aí o sentido de crença e de entrega) ao que fazemos; e que estejamos sempre preparados (incluídos aqui todas as variáveis de formação contínua necessárias para o entendimento: estudos e mais estudos).
O sujeito devoto ao seu corpus de trabalho é aquele que vai encontrar todas as motivações necessárias para sua boa realização. Veja, por favor, que, no inconsciente cultural, atribuímos a qualquer trabalho uma relação de castigo e de tortura... Eis porque é bem fácil encontrar pessoas descontentes com suas relações profissionais. Quando se atribui uma relação devocional aos propósitos de trabalho, enxergamos ali uma espécie de missão - nascemos para a realização daquele trabalho. Aí, entendemos o trabalho como algo mais significativo, em torno do qual podemos realizar a nossa vida e constituir as necessárias relações para engrandecê-lo.
A referência de preparo está na relação de que precisamos aprender sempre. Mas também está na variável de que precisamos transmitir uma relação de confiança e de segurança ao desenvolvimento de nossas tarefas... É quando ouvimos - ou sabemos - de o quanto estamos preparados para aquilo.
A professora homenageada, naquele evento do qual apagamos os discursos que ouvimos, ofereceu aos seus afilhados de curso uma grande lição. Tomara que eles a carreguem em seus rumos de desenvolvimento profissional.

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