segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Demandas para os trabalhos pedagógicos

Bem sei que ainda estamos em férias escolares. Mas como o retorno aos espaços pedagógicos já se avizinha, vale começar a pensar em como serão dirigidos os nossos esforços para os caminhos de uma educação de melhor qualidade.
Já se falou aqui, reiteradas vezes, sobre a importância de um bom planejamento e de como esse processo representa ganhos indiscutíveis nos trabalhos - pedagógicos ou não. Então, seguindo a natureza de nossas publicações, convido os leitores a uma pequena reflexão sobre a questão de algumas demandas que podem ser trabalhadas nas escolas - ou nos espaços educativos, de uma maneira geral.
Este ano de 2018 apresenta-nos, ao menos, dois belos temas a serem candidatos de uma constituição de trabalho interessante: a realização da Copa do Mundo de Futebol e as eleições políticas que nos movimentarão alguns debates.
Sobre o primeiro, vou excluir de minha consideração a questão propriamente direta do futebol em si, já que não tenho competência - nem interesse - em discuti-lo positivamente. Mas, se sua função/trabalho remeter às variáveis esportivas, fique à vontade para acrescentar o aspecto em suas ações... devem ter muitas referências a serem consideradas.
A primeira variável que me ocorre nas realizações desta natureza - Copa do Mundo, Olimpíadas etc- é a reunião de diversos países. Para mim, esta premissa já é suficiente para os mais diversos trabalhos pedagógicos que podem integrar variadas disciplinas.
Desde as mais óbvias, como História ou Geografia - em estudos diretos como a constituição de um povo, a localização, as políticas internas, as especificidades geográficas e políticas etc. -, até as mais esquecidas, como Artes por exemplo, em que se podem desenvolver projetos fantásticos sobre características culturais dos povos ali representados.
Fico pensando nas curiosidades que podem ser levantadas, principalmente, quando vemos um país sobre o qual sabemos nada ou quase pouco. Nas últimas olimpíadas, em nossas terras, países de nome desconhecidos como Benim, Eritreia, Guam e Kiribati, dentre outros, desfilaram seus sonhos de vitória; na Copa deste ano, haverá a presença de países como Islândia ou Panamá, que, se não são exatamente desconhecidos, não figuram na relação midiática de países sobre os quais sabemos algo. É oportunidade, na minha opinião, para uma diversidade de tópicos que podem gerar alguns trabalhos pedagógicos interessantes: localização geográfica, economia, sistema político, bandeiras e seus significados, desenvolvimento humano e social, alianças e conflitos... e por aí vai.
Sobre as nossas eleições políticas deste ano - eleições importantes, diga-se de passagem -, abrem-se possibilidades reflexivas várias, também. Atravessamos os últimos tempos imersos, via de regra, em um ambiente de desesperança quanto ao nosso sistema político, hajam vistas as constantes notícias de acusações sobre corrupção e participações ilícitas de políticos nos mais variados desvios. Talvez uma das principais questões, em um cenário de reflexão positiva, é sobre o que se fazer neste momento. Bem sabemos os Educadores que uma das principais soluções é o aprofundamento de um trabalho de consciência política necessário. Eis aí, na minha opinião, uma oportunidade rica: como trabalhar esse conceito de conscientização política, principalmente sem esbarrar nas variáveis de polarização ou de partidarismos? É trabalho para a escola toda, penso, em um exercício de integração que pode fazer bem a todo o sistema pedagógico.
Ao longo de nossas publicações, retomaremos essas e outras demandas, só para dizer o quanto as nossas realidades tangentes podem compor todos os planos sérios de um trabalho eficiente e positivo para o desenvolvimento dos cidadãos.

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