quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Anotações - Essência e aparência

Na dicotomia clássica entre essência e aparência, ainda há bastante o que se dizer.
Neste processo de evolução a que atravessamos, percebem-se algumas pessoas preferindo a ideia das aparências ao aprofundamento da essência.
É o velho debate sobre as reflexões entre "ser" e "ter", cujos propósitos nem sempre harmonizam-se.
A valorização da aparência é a ilustração dos referentes acondicionados no significado do "ter"; o sentido de "ser" encontra respaldo nas variáveis ilustrativas do que se pensa a respeito da essência.
Mas nada é tão simples como parece. Não basta assumir um posicionamento entre "ser" e "ter", é necessário aprofundar o entendimento sobre essas ideias.
É bem verdade que o exercício do desenvolvimento de uma essência - ao que somos e fazemos - traz-nos um sentido de aprofundamento, de consistência. Mas não podemos fechar os olhos à instância de que somos produtos de uma consciência imagética... Somos a imagem que alguém nos valida ou com que somos percebidos.
E essa forma com que somos validados delineia a percepção que o outro tem de nós. O que, em justa medida, está nas raias da aparência.
Lidar com essas referências polares - a importância do desenvolvimento de uma essência e o juízo que o outro desenvolve de nós a partir da aparência apreendida -, em seu necessário equilíbrio que deve me constituir, é o caminho a ser buscado para o desenvolvimento pessoal.

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