segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A importância da Educação Infantil

Nos caminhos da evolução pessoal, é consenso entender que as variáveis estimuladoras no desenvolvimento humano, ocorridas nos primeiros anos, é de fundamental importância para a concretização de um adulto melhor.
Assim, conforme as motivações de aprendizagens a que as crianças têm acesso nos primeiros anos (principalmente de 0 a 6 anos), a tendência de aprimoramento dos referenciais de aprendizagens acentua-se de maneira inquestionável.
Do ponto de vista da escolarização, essa é a fase do que convencionamos chamar de Educação Infantil. Nessa fase, via de regra, independente do sistema metodológico a que esteja jurisdicionada, a Escola oferece um conjunto de práticas e de motivações bastante interessantes para relevar a importância desse momento.
É aqui que a criança experimenta os maiores níveis de felicidade em relação aos processos de aprendizagens e de convivência social; é aqui que a criança está mais suscetível às apreensões mais variadas; é aqui que a criança está mais disponível para o entendimento das diversas regras sociais que enfrentará ao longo da vida; é aqui que a criança está mais pronta para os diversos movimentos facilitadores do seu desenvolvimento motor; e a lista ainda pode ser bem maior.
Não é demais, então, dizer que a Educação Infantil tem uma importância altamente significativa como base principal do desenvolvimento humano. A maneira como a criança for estimulada neste período influencia, sobremaneira, os rumos de evolução pessoal por que ela passará ao longo de sua vida. Assim, o entendimento dos estímulos, das motivações, dos comportamentos, das atividades desenvolvidos nesses tempos propicia uma reflexão mais apurada sobre o aperfeiçoamento e as habilidades desejados no processo de transformação da criança.
Consequência imediata dessa análise é a necessidade de valorização e de reconhecimento das atuações dos profissionais de Educação Infantil, tão bem entendidos em locais mais evoluídos. Os profissionais desse ciclo, de uma maneira geral, são altamente comprometidos com as ideias básicas da Educação: promover o desenvolvimento integral do ser humano. Lamentavelmente, a nossa formação cultural inverteu o reconhecimento dos patamares educacionais: os professores dos níveis universitários são mais valorizados e reconhecidos do que os da Educação Infantil. Nada contra esse reconhecimento dos professores universitários, mas é preciso que a sociedade reconheça a dimensão e a responsabilidade das atuações dos profissionais que lidam com as crianças pequenas.
E que também se perceba o nível de elaboração que permeia as atividades, por mais simples que pareçam, programadas para aquele nível. É o que acontece com o brincar, por exemplo... As crianças da Educação Infantil não brincam por brincarem - no brincar, há todo um pressuposto de conceitos científicos altamente pertinentes que facultam melhores compreensões dos processos de evolução pessoal - a questão do protagonismo, o entendimento de regras e disciplinas (principalmente, sobre as dinâmicas das convivências sociais), a evolução psicológica etc.
Na outra esteira, faz-se importante, também, que os profissionais da Educação Infantil reconheçam-se, constantemente, como agentes de alta significância, criando para si mecanismos positivos de auto valorização: melhora da consciência política e profissional, aperfeiçoamentos recorrentes, reelaborações das leituras críticas do mundo e de si e por aí vai.
É quando enxergamos a possibilidade de pensarmos em adultos melhores, que vemos a Educação Infantil - tomando por base o viés pedagógico - como uma das instituições que merecem todo o nosso respeito.


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