quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Anotações - A busca de uma Educação de verdade

É líquido e certo! Todas as escolas privadas que se prezem vão colocar em seu material de divulgação alguma ilustração que a mostre como a melhor escola para a educação das crianças e jovens. Do outro lado da linha estão os pais que, justamente, procuram a melhor escola para a educação de seus filhos. Está feito o contato... Perfeito, não?... Não!
De uns tempos para cá, várias escolas apoiam-se nos exames e rankings consagrados para apresentarem-se como a melhor opção formativa. Por estarmos próximos da realização do ENEM (não se falou, por aqui, em outra coisa por esses dias...), o ranking do Exame passou a ser base para a aferição do valor de algumas escolas na atração dos clientes (sim, clientes... nessa reflexão, só consigo ver a aproximação das escolas com os pais como uma relação mercadológica...). Antes de qualquer menção à proposta pedagógica, o cartaz da escola vai referir-se à quantidade de alunos que se saíram bem no ENEM.
Chega a haver casos absurdos como o da Escola próxima à minha casa, que fixou um banner exaltando a participação de seus alunos no Exame, fazendo menção aos "valores pedagógicos" da instituição... O problema é que o tal banner foi colocado no muro externo duas semanas antes da realização do ENEM...
Pois bem, neste domingo que passou, dia 6 de novembro, li o artigo do Ricardo Semler na Folha de São Paulo, com o seguinte título emblemático: "Truque sujo no Enem" (Folha de S.Paulo, 06/11/2016, Pág. A3).
Em sua coluna, Semler analisa a questão de uma forma extremamente científica e sobra bronca (legítima) para todos: professores, pais, escolas... Vale a olhada! Quando da busca de uma Educação de melhor qualidade, é preciso ficar atento à seriedade das escolas e ao respeito à dinâmica das crianças e jovens, que precisam desenvolver senso crítico e não decorar fórmulas de acertos de questões pasteurizadas.

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