terça-feira, 26 de julho de 2016

Anotações - Atitude cidadã

Nos caminhos por que passo, uma das coisas que mais me chamam a atenção são os avisos nas estações de trens e do Metrô, chamando a atenção dos passantes para as variáveis do dia a dia, que deveriam mais fazer parte da educação. Normalmente são avisos que se relacionam com os aspectos da cidadania, que, dada a situação de vivermos em sociedade, não deveriam ser avisos, e sim compromissos tácitos: deixar as pessoas saírem dos vagões antes de entrar; não atrapalhar o fluxo; não ficar parado nas portas para não atrapalhar as pessoas; e por aí vai.
A questão maior é que, no mesmo passo em que avançamos nas tecnologias, vamos retrocedendo no reconhecimento do outro, aprofundando-se em um caminho de individualismo absurdo. 
A busca de uma atitude cidadã, razão daqueles avisos, está na implicação de que precisamos caminhar os trilhos que fazemos na percepção de que há um entorno social e coletivo que partilha daqueles mesmos trilhos. Assim, minhas atitudes e gestos implicam na percepção, e têm consequência direta, no caminho de outras pessoas; tudo o que faço - ou meus posicionamentos - relaciona-se com o ir e vir do outro.
Desta forma, algumas questões cotidianas precisam ser refletidas a partir do pressuposto da ideia de cidadania - enxergar o outro; respeitar o outro; respeitar as prioridades; ouvir o outro; respeitar o ambiente de convivência; ser solidário; etc.
Fico pensando que, se ao menos os passantes escutassem aqueles avisos, talvez pudéssemos ser mais esperançosos em relação ao alcance de uma verdadeira cidadania.

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