quinta-feira, 7 de julho de 2016

Anotações - É melhor desistir...

Desculpem-me, quis fazer um pouco de graça no título desta publicação. Sou empreendedor e assimilei, já há algum tempo, a tal da máxima de que é preciso matar um leão por dia. Então, como assim? É melhor desistir do quê?
Pois é, repararam nas reticências, aquele sinal gráfico que nos remete aos espaços de reflexão ou de arrependimento do que se falou? Na verdade, o título seria "É melhor desistir de ficar pensando em desistir"... Agora, sim!
A ideia de desistir de algo é um pensamento extremo, de quem se vê atolado em problemas. Mas também é uma metáfora, algo como um desabafo, diante de tudo o que é complicado, intrincado e complexo de se levar adiante.
Acontece que no empreendedorismo - essa instância em que você se propõe a produzir o seu próprio trabalho, com todas as nuances, belezas, tristezas e angústias que isso representa -, complicado, intrincado e complexo são rotinas. Há quem se depare com algo complexo a todo o momento no seu fazer. E é claro que, às vezes, dá um baque, uma queda na energia do entusiasmo, e tudo o que se queria era ter o seu hollerith de volta.
A questão é que ter o seu hollerith de volta significa um espaço de acomodação e de prostração aos seus anseios de realização a que o empreendedor não consegue suportar. Ele alçou voo, justamente, para lançar-se no espaço (sem redes de proteção), à fuga do que representa acomodação. É sabido que, neste espaço de nuvens opacas, o empreendedor precisa aprender o domínio de novas habilidades, de novas competências e o estabelecimento de novas parcerias.
Ao perceber-se em novas aprendizagens, a ideia de desistir fica para depois. Logo ali na esquina, já se apresenta um outro leão para ser combatido... Ou será que é o mesmo leão, agora com novas garras, que, aparentemente, já estava vencido ali atrás? Sei lá, não há muito tempo para essas indagações... vamos lá!

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