Estudantes e professores já pressentem do que vou falar, mas não sei se todos desvendam esse contexto. Na esteira do que publiquei aqui, dias atrás, sobre as lições de casa, deu-me vontade de conversar um pouco sobre essas tarefas propostas pelos professores.
A ideia está tomada de boas intenções, principalmente a de desenvolver nos estudantes a necessária capacidade científica de estudar determinado tema pertinente ao currículo. É preciso que os jovens consigam elaborar hipóteses acerca dos assuntos verificados em sala de aula e, a partir de questionamentos salutares, testar ou invalidar tais hipóteses. As pesquisas escolares deveria ter esse pressuposto. Deveria, eu disse.
Na prática, a realidade é a mesma de tempos antigos dos bancos escolares, com a referência de que, nestes tempos em que vivemos, a tecnologia ajuda e bastante. Tanto naqueles tempos, como nesta modernidade de cliques, o império é o da técnica do copiar e colar; naqueles idos, a cópia era das enciclopédias que enfeitavam as estantes. Hoje em dia, basta, como se diz, "dar um Google".
Tanto nas antigas, quanto na modernidade, o que fazia e faz diferença é a atitude do professor na análise do trabalho apresentado. Via de regra, fazia - e faz-se - um pouco de vista grossa nas deficiências... e assim caminha a humanidade.
A prática das pesquisas escolares deveria ser a prática de trabalhar a competência dos estudantes no que diz respeito ao exame das fontes consultadas, principalmente nestes tempos em que o que mais existem são fontes dizendo de um mesmo assunto. Aquilo é verdadeiro? É confiável? Pode ser complementado?... e assim por diante. No elaborar destas e de outras questões que poderiam até ser exercitadas é que deveriam ser balizados os conceitos das pesquisas escolares.
Claro que daria um pouco de trabalho, mas aí já é outra história.
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