segunda-feira, 1 de junho de 2015

A Escola que Precisa Mudar

Os gestores de Escolas precisam refletir sobre as necessidades de mudanças por que devem passar todo o sistema pedagógico das instituições que coordenam, seja elas públicas ou privadas. As sociedades transformam-se em velocidade rápida e é preciso estar atento a essa transformação.
E as mudanças são complexas. Em alguns casos, as mudanças são estruturais; em outros, são de atitudes e de posturas; em outros, ainda, podem ser mudanças de comportamentos e de identidade. O que não se pode é fechar os olhos a essa necessidade de rever-se a cada transformação de conceitos e das relações.
Vivemos tempos em que os comportamentos passam por transições as mais elaboradas. E, em uma boa parte das ocorrências, nos vemos sem diretrizes ou ideologias bem definidas. Aqui, talvez haja a pontuação de uma mudança fundamental por que temos que passar - até óbvia, é verdade, mas negligenciada, às vezes. É a mudança de precisarmos,continuamente, rever o estabelecimento de conceitos sobre o nosso trabalho.
O trabalho pedagógico, teoricamente, é fundamentado por modelos e sistemas clássicos. Ainda que um desses sistemas ou modelos, individualmente, não resolva todas as ocorrências que surgirem, mesmo assim é preciso que estejamos trilhados por um conceito de trabalho. E esse conceito precisa estar claro e que perfaça a consciência de todos os envolvidos no espaço pedagógico. Entretanto, a intelectualidade - que deve ser competência básica dos agentes envolvidos naquele espaço -, vai determinar as referências de mudanças necessárias para os ajustes que cada situação exige para a sua funcionalidade. Pode acontecer de uma dessas mudanças exigir, para sua positividade, justamente, um conjunto de ações que contrariam o modelo ou o sistema adotado; a intelectualidade vai ser determinante para que se decida a tal contrariedade de conceitos.
Em outros casos, a estrutura física demanda uma reflexão da necessidade de mudanças. Já há algum tempo, ilustrativamente, os espaços pedagógicos passaram por essa reflexão, a partir do aprofundamento das discussões sobre as questões da inclusão (necessidades de rampas, deslocamento de salas para locais mais acessíveis conforme a ocorrência de casos que demandassem a ação etc.). E a estrutura física de um espaço pedagógico, também, é item importante de reflexão sobre as referências de aproveitamento e de convivência.
Há escolas que descuidam dessa questão, não se preocupando, por exemplo, com referências básicas de estruturação física (higiene, limpeza, aparência dos prédios, acessibilidade de espaços importantes - como bibliotecas, salas de leituras, quadras esportivas etc.) e o resultado, quase sempre, é o das desmotivações e da falta de comprometimento, tanto por parte dos alunos, quanto dos professores.
E há, ainda, talvez a que seja a principal mudança: a de atitudes e de posturas. Caminhamos, grosso modo, para uma linha de ações em que não assumimos responsabilidades, atitudes ou posturas positivas. Claro que a não assunção destas variáveis está relacionada com o que foi dito acima da falta do estabelecimento de um conceito, mas pouco refletimos sobre a mudança desse paradigma.
Toda e qualquer mudança exige muito de nós. Temos a cultura da acomodação, que nos induz a um pensamento equivocado de tranquilidade e conforto (quantas vezes ouvimos falar da necessidade de sair da zona de conforto?), então analisamos que é melhor deixar tudo como está. O problema é que, quando se pensa em desenvolvimento pessoal e evolução do ser humano, deixar tudo como está significa exatamente que não estamos nos desenvolvendo, nem evoluindo. 

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