No processo de desenvolvimento pessoal e na busca de uma evolução positiva, é preciso dar destaque ao papel do treinador como referência importante nos caminhos de transformação.
A palavra "treinador" está mais visível nas variáveis esportivas, mas a ideia de alguém treinando alguém guarda dimensões altamente filosóficas, associadas, desdes tempos idos, ao processo de desenvolvimento, seja ele individual ou em equipe. A palavra, também, está referenciada a um sujeito externo, que indica movimentos e posicionamentos para a busca da perfeição - técnica ou estratégica; entretanto, não há problemas em imaginarmos um mesmo indivíduo desempenhando, ao mesmo tempo, os papéis de treinador e treinando.
O que é importante, para as nossas reflexões, é que, independente de estarmos no papel do treinador ou daquele que recebe os treinamentos, faz diferença entender as dimensões desta variável nos trilhos do desenvolvimento pessoal.
O treinador, antes de tudo, é aquele sujeito que detém a visão externa, que capta o todo e os detalhes de uma maneira extremamente analítica. A partir de seu posicionamento - aquele que está de fora -, o exercício do afastamento permite, de saída, uma visão de quem não se envolve emocionalmente com o problema. É essa posição privilegiada que faculta a tomada de decisão para uma referência estratégica mais eficiente e positiva; é possível enxergar rotas de saída e/ou caminhos mais produtivos, que os envolvidos não conseguem ver.
Aliada a essa referência, o treinador é aquele que possui a capacidade de saber o que faz. Ao analisar os caminhos por onde se deve ir, o treinador, em sua mente, já desenhou os movimentos possíveis, fundamentados em sua consciência do saber. Para isso, o treinador é aquele que experimentou as situações e descaminhos, os quais o treinando experimenta em sua busca de evolução.
A característica de saber o que faz referencia o treinador à posição de um mestre - aquele que sabe ensinar. O treinando precisa passar pelas variáveis de aprendizagens, e o treinador coloca-se como o mestre competente para essa questão. Em suas posturas e atitudes, está o treinador, costumeiramente, interessado em fazer com que o treinando aprenda e apreenda as leituras de que vai precisar.
Em seu trajeto de professor, sabe o treinador que uma das estratégias mais positivas é a de desafiar o treinando. Não à toa, o treinador posiciona-se como alguém que quer tirar o melhor do aprendiz: provoca-o, desafia-o, instiga-o na busca da perfeição necessária.
Somada a essas variáveis, a característica da confiança é uma das referências principais da postura do treinador. Ele confia, indiscutivelmente, no desempenho do treinando. É com base nessa confiança que o treinador reúne toda a sua força e energia ao propiciar a evolução do treinando.
O que é importante, ainda, nessa nossa reflexão, é que consigamos entender estarmos vivenciando, conforme os nossos movimentos, o papel de treinador e de treinando, em constante revezamento de situações e de posicionamentos. Ora, os nossos caminhos nos levam ao processo de ensinantes; ora, ao de aprendizes. Quando soubermos desenvolver as competências essenciais para um ou outro papel, estaremos nos capacitando melhor para as variáveis de evolução pessoal.
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