segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A essência de ser Educador

Ser professor é a minha essência. Não porque saiba mais do que ninguém - até porque não sei mesmo -, mas pela oportunidade de entender e de participar do desenvolvimento do ser humano (inclusive o meu desenvolvimento). A ideia de estar inserido em um processo que pode transformar o desenvolvimento é minha maior motivação de querer sempre ser educador.
Quando se pensa em um trabalho em que suas ações, atitudes e reflexões estão diretamente relacionadas com a possibilidade de representar mudanças - seja em sua vida ou na de outras pessoas -, é que se toma a medida da dimensão deste fazer.
Ser educador é, exatamente, participar de um movimento de transformação. Cabe a nós, educadores que somos, na busca dessa essência, preparar-nos para as variáveis que nos permitirão a positividade do nosso trabalho. E esse caminho exige uma determinação incansável na busca do aperfeiçoamento pessoal.
Não nos esqueçamos que tudo isso é um trabalho: exige uma formação técnica que nos municie das estratégias melhores a serem tomadas diante das dificuldades; exige um conhecimento de mundo, a ser constantemente revisado, que nos prepare para todas as alternativas que forem necessárias; exige uma vivência humana altamente elaborada, que nos complete de percepções as mais diversas sobre as referências pessoais; exige um conhecimento do sistema ao qual estamos inseridos; exige uma consciência política e cidadã que transcenda nossas relações individuais e parciais...
Não nos esqueçamos, também, que tudo isso é uma convicção: exige de nós um posicionamento quase missionário de quem não se desvirtua dos objetivos maiores da evolução humana.
Ser educador é estar constantemente incomodado das coisas que não evoluem. É não se contentar com respostas prontas, nem com fórmulas desgastadas. É não se acomodar nas fáceis apreensões da vida. É buscar, insistentemente, tirar o melhor de si e daqueles que o cercam. É não esmorecer diante das leituras desestimulantes que nos chegam. É aprimorar-se, sempre, nas consciências política e humana, que fazem parte da evolução pessoal. É saber ouvir e saber falar e saber calar-se diante do que não se sabe...
O educador, em sua essência, sabe refletir sobre seus erros, para que dali surjam rumos de mudança - de comportamento, de leitura, de realizações.
A busca da essência no caminho de ser educador é o que pode mobilizar forças e variáveis para que a formação seja a mais positiva possível. É com isso que a Educação pode ser transformadora... e transformada!

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