Os avisos no trem, metrô e quiçás, pelos caminhos em que tenho andado, devolvem-me ao espaço de reflexão, dito aqui, da necessidade de pensarmos uma educação para a cidadania.
Lá, nos trens e metrôs da vida, os avisos referem-se a atitudes recorrentes: não atrapalhar o outro, deixar as portas livres para facilitar entrada e saída, esperar as pessoas desembarcarem primeiro para depois entrar e por aí vai.
Penso que o exercício da cidadania é questão a ser muito repetida para ser compreendida. Parece-me que nem todas as pessoas estão ouvindo detidamente os avisos insistentes, mas pode ser também que vivemos tempos em que cada sujeito, em sua maioria, preocupa-se, primeiro, com seu umbigo. É um espaço de individualização ferrenha, em que parecem não ter muito importância o espaço e a necessidade do outro.
A ideia de não enxergar muito bem a necessidade e o espaço do outro remonta a uma variável de egocentrismo - em torno de mim é que o mundo gira... E não pode ser assim: vivemos em coletividade, nossas ações trazem consequência para outras pessoas, os espaços que frequento não são de uso exclusivo meu etc.
Justamente por vivermos em coletividade é que o conceito de cidadania passa a ser tópico de valor pedagógico inestimável. Cada sujeito, com suas atitudes, tem uma responsabilidade imensa no ambiente coletivo. Ter uma atitude cidadã, para além de escutar os avisos insistentes que nos chegam, é perceber que podemos tornar melhores os ambientes que frequentamos.
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