quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Anotações - A questão dos analfabetismos

Pensei, no propósito de ampliar reflexões sobre o processo de evolução humana, discorrer sobre a referência dos múltiplos analfabetismos que presenciamos (ou de que somos acometidos) nestes tempos em que atravessamos. Como são múltiplos, não será possível desenvolvê-los em uma única publicação. Assim, ao longo dos conteúdos expostos aqui, futuramente, voltarei a esse tema.
O tema veio-me em uma ocasião de viagem, lá pelos tempos atrás. quando encontrei um guia turístico extremamente consciente de seu trabalho. Sua preocupação era de tornar acessíveis todas as informações (desde as mais básicas às mais complexas) sobre os locais visitados a nós, turistas. Imediatamente, pensei em sua atuação como a de um alfabetizador; nós, ali, estávamos na situação de um analfabetismo característico - desconhecíamos todos os códigos daquela região e precisávamos de um alfabetizador (alguém que decifrasse os tais códigos e permitisse que enxergássemos as leituras variadas que os lugares poderiam nos agraciar, para podermos bem usufruir de tudo o quando pudéssemos). Fiz questão de parabenizar o guia e dizer exatamente isso para ele - que, naquele momento, ele estava nos alfabetizando, estabelecendo o paralelo pedagógico ao trabalho dele. Sua reação positiva e concordante com minhas colocações tornaram-nos amigos e deixaram-me a ideia de reflexão de o quanto somos - e podemos ser - analfabetos em determinados temas.
E, o mais importante, é só quando reconhecemos esses analfabetismos, que podemos nos movimentar para as necessárias transformações que nossos processos de evolução precisam atravessar.

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