terça-feira, 26 de abril de 2016

Anotações - O silêncio

O blog Conti Outra publicou, recentemente, sem identificação do autor, o que foi chamado de "As 10 Regras do Silêncio". Achei interessante... Pensei nessa sociedade moderna em que vivemos, que, em grande parte de ocasiões, nos impele a dizer algo, a fazer-se presente. Se for preciso, não devemos ter cerimônias para atropelar a fala dos outros; o que conta é o fato de marcarmos presença e dizer algo, mesmo se ninguém nos ouvir.
A publicação discorre sobre 10 preceitos reflexivos sobre a questão de nos calarmos, no sentido de aguçar a nossa capacidade interior de perceber melhor o que nos ronda. Aliás, o primeiro preceito (Devemos ficar em silêncio se não tivermos nada de válido a dizer) já foi exposto aqui, em necessária mensagem a partir de frase do escritor Jorge Luis Borges (clique aqui para rever nossa publicação). Não vou me debruçar sobre as ditas 10 regras, mas se você quiser acessar a publicação integral do Conti Outra, clique aqui.
Escolhi deter-me em duas assertivas, para explorar, por outro viés, a questão do silêncio:
  • Devemos ficar em silêncio quando nos falam, para que fique na nossa mente o que nos é dito
Não é fascinante isso? Se não percebermos o que nos é dito, como vamos reter a mensagem?... O problema é que é essa, exatamente, a questão. Na maior parte das vezes, uma conversa é proclamada com o sentido contrário ao que ela deveria - não se conversa para ouvir o outro; conversa-se para falar, simplesmente. Como chegamos a isso? Fingimos que estamos dialogando com o outro, quando na verdade estamos apenas com a intenção de dizer de nós e de nossas coisas. Ironicamente, o outro, também, está com a mesma intenção... O resultado é que ninguém se conhece ou se entende...
  • Devemos ficar calados quando nos sentimos tentados a ferir com palavras ou a criticar negativamente
De outro movimento, algumas pessoas especializaram-se em falar mal dos outros ou das ideias dos outros... simples assim! Quando aprendermos esse preceito, vamos entender que nossas manifestações não têm importância se não for para o desenvolvimento, seja de ideias, de atos ou de pessoas.
A ideia do silêncio guarda, entre tantas reflexões, a perspectiva do autoconhecimento.

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