terça-feira, 24 de maio de 2016

Anotações - Falar menos e orientar mais

O professor José Moran, Doutor em comunicação pela USP, em um Congresso de Educação acontecido na semana passada, apresentou a máxima que dá título a essa publicação: "Uma boa aula é quando o professor fala menos e orienta mais.".
E concordamos com isso. Falar menos e orientar mais talvez seja o preceito mais claro de uma Educação de melhor qualidade a ser desenvolvida nesses tempos de modernidade. O professor, às vezes, gasta muito de seu tempo em verborragias que não levam a lugar algum... e esquecem-se do propósito de orientar os jovens aos seus avanços.
Via de regra, os alunos estão à espera de orientações... e propensos a isso. A ideia de orientação é muito mais positiva do que a de ensino. Ensinar pressupõe uma mente superior preterindo a habilidade do aluno; orientar indica o caminho de que um mentor vai ajudar o discípulo a descobrir suas potencialidades e usá-las de forma qualificada.
Um dos maiores problemas, aqui, na reversão de uma lógica estabelecida, é que o ato de orientar exige que o professor saiba ouvir bem o aluno, e que desenvolva uma metodologia de aproximação eficaz e positiva.  É necessária uma outra abordagem de aproximação que não a da imposição do medo - orientar alguém não guarda relação alguma com aqueles terrorismos infundados de notas e de disciplinas mal elaboradas.
Quando a Educação entender que os mecanismos da orientação produzem efeitos de melhor qualidade para o desenvolvimento, certamente vislumbraremos caminhos mais iluminados para os espaços escolares.






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