quinta-feira, 5 de maio de 2016

Anotações - Maternidade e Educação

Na proximidade do Dia das Mães, pensei nas relações - necessárias e involuntárias - entre a ideia de ser mãe e o trabalho de educar. Caminhando pelas tarefas do meu cotidiano, observei uma jovem mãe conversando com sua filha de colo e pensei na magnitude dessa relação. A mãe, atendendo às curiosidades da menina, dizia sobre o sistema de atravessar a rua ("É preciso esperar o sinal ficar verde, filha..."). Parece bobagem, mas o pressuposto da Educação é, exatamente, desvendar mecanismos de funcionalidade da vida... o sinal que fica verde, o respeito que se tem aos outros e às coisas, noções de higiene, noções de organização etc. E, para as crianças, muitas das coisas que são plenamente comuns para os adultos, não passam de grandes e fantásticos mistérios a serem desvendados.
E aqui, nesta ilustração da mãe conversando sobre a filha dos segredos de atravessar a rua, temos, ainda, a percepção redimensionada dos valores da Educação. A Educação, ao largo dos trabalhos curriculares que se verificam nos espaços escolares, também precisa ser o desvelamento das coisas misteriosas, em um jogo fantástico de descobertas e redescobertas, em algumas medidas percebidas como mágicas e fantasiosas.
Transformar os propósitos da Educação naquela imagem da mãe revelando (e ela vai ter ainda que insistir nessa variável, porque a aprendizagem se dá por persistência) aos olhos curiosos da filha pequenas instâncias do cotidiano é a máxima que devia conduzir todos os trabalhos pedagógicos.
Parabéns a todas as mães!



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