Vivemos a era dos posicionamentos apressados e descabidos de lógicas; da falta de racionalidade nos debates; da inexistência de ponderação crítica nas análises. A principal consequência são as manifestações passionais acerca de assuntos e temas muito sérios, em que deveriam pesar o pensamento crítico e as ações racionais da lógica e do diálogo.
Essa premissa não é só referência dos problemas políticos que enfrentamos aqui, no Brasil - até enxergamos vários exemplos nesses momentos de crise política por que passa o nosso país, mas a falta de pensamento crítico está em diversas instâncias do nosso processo de construção do conhecimento.
Já foi dito aqui, inúmeras vezes, que o ato de pensar e encaminhar uma discussão sob a ótica da racionalidade dá um pouco de trabalho. E, certamente, a ideia de esforço e de gasto de energia desanima um pouco algumas pessoas... é mais fácil apressar um posicionamento, ainda que fragilizado de racionalidade, do que gastar um pouco de estudos e pesquisas para corroborar a opinião. Para completar, existe o pensamento moderno da sociedade que nos cobra atitudes imediatas. Se não tivermos o mínimo de embasamento científico, tascamos qualquer viés ideológico, só para não perder o bonde da história.
Acontece que, em alguns casos - principalmente os de relevada seriedade - é melhor, sim, perder o bonde da história, se não tivermos fundamentos e bases que nos permitam uma criticidade lógica.
A nossa lição de casa é, em primeiro lugar, quando a situação dizer respeito a referências lógicas e de grande seriedade, não adotar posturas apaixonantes e de defesas emocionais; em segundo lugar, fazer constantemente o exercício da adoção do pensamento crítico.
Lembrando aí que o pensamento crítico não assume lados, como as atitudes passionais de quem defende o time por que torce; ele assume ideias fundamentadas na lógica e nas ações reflexivas... Lembrando também que o exercício do pensamento crítico exige de nós uma constante e desperta preocupação de nos alimentarmos de conhecimentos.
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