quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Anotações - Pensar no outro

No caminho de entendimento de uma sociedade mais humanizada, é preciso que ampliemos o conceito de alteridade. Deixar de ser apenas perceber o outro, mas também pensar no outro, preocupar-se com o outro e entender os desejos e os direitos dos outros.
Nesses rumos de avanços tecnológicos, em que nos relacionamos mais no plano virtual, parece-nos que a existência física de uma outra pessoa passa a ser entendida como algo distante. O outro está mais nos espaços abstratos de uma relação tecnológica: no teclado de um aparelho celular ou no vídeo de uma teleconferência. E assim, vamos nos despercebendo do outro.
Daí essa necessidade, repetidamente apontada aqui, da alteridade. O outro deve ser visto como a integração de meus caminhos... É preciso cuidado. É preciso que pensemos no outro, que nos preocupemos com o outro. Nesse caminho, meus propósitos e minhas interações precisam ser observados de forma a entender seus desejos e seus direitos. Não estou sozinho, minhas atitudes e meus comportamentos interferem diretamente nos rumos de outras pessoas.
E, nesse processo de interferência, absolutamente natural para quem vive em sociedade, quanto mais eu me preocupar com os outros espaços e as outras necessidades, tanto mais caminho na plenitude de uma integração real e solidária, em que todos saem ganhando.

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