Já há muito se perdeu o conceito de valores. O que vemos, nos dias e caminhos de hoje, é mais uma demonstração feroz de conveniências e de percepções direcionadas para o próprio umbigo.
A ideia de desenvolvimento de uma consciência calcada nos valores dá ética e da moral bem poderia ser uma salvação para os vieses individuais e particulares com que nos confrontamos no dia a dia. Hoje, o que mais presenciamos são as cenas de balizamento individual, quase como se o outro não existisse.
Na minha opinião, esse processo de ensimesmamento é que facultou as distorções de valores. O sujeito desenvolveu o mecanismo de olhar só para si; a partir daí, criou parâmetros que o satisfizessem, plenamente, nas opiniões e dimensões, ainda que desrespeitassem demandas terceiras - o que importava era o seu contentamento... O valor do outro era um só mero detalhe, que não merecia quaisquer considerações.
Como se transforma esse paradigma? A resposta é tão óbvia, quanto complexa: basta observar mais o outro. Nas suas integralidades, nos seus posicionamentos, nos seus caminhos. Assim, poderíamos pensar um mundo não só coletivo, mas também propenso aos ditames dos valores sensatos.
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