segunda-feira, 6 de abril de 2015

O Desenvolvimento Pessoal - A Responsabilidade do Aluno


Explanadas algumas reflexões sobre as responsabilidades da Escola e da Família no processo de evolução pessoal, cabe pensarmos um pouco sobre a parcela do próprio aluno em seus caminhos de desenvolvimento. É preciso que pensemos, de saída, ser o próprio indivíduo o principal agente de encaminhamento de suas estratégias de aprendizagens. Não há trabalho em Educação, por melhor que seja desenvolvido, em que se resume sua positividade sem que haja uma parcela considerável de envolvimento por parte dos alunos.
O problema central nessa colocação é o de que, por uma boa parte de sua vida escolar, o aluno encontra-se em um estágio de imaturidade que bloqueia a compreensão do que se expôs acima. Por alguns anos que passa na Escola, o aluno não exercita a responsabilidade de ser agente atuante do seu processo de desenvolvimento. Essa situação vai exigir uma espécie de treinamento dessa dita responsabilidade. E é aqui que precisamos voltar às duas instâncias discutidas anteriormente: a Escola e a Família.
Tanto uma quanto outra vão precisar perceber que o exercício da responsabilidade está atrelado ao exercício da autonomia. Família e Escola devem encontrar caminhos por onde trilhar a citada autonomia, como treino de desenvolvimento, não só para os aspectos intelectuais e científicos, mas também para as variáveis dos diversos relacionamentos por que vai passar o aluno.
Parece que deslocamos o sentido da discussão de responsabilidade, tirando-a do aluno e repassando-a para a família e escola, mas não há muito jeito, não. Em certo momento de seu desenvolvimento geral, o aluno não se encontra em estágio suficiente de maturidade que o permita embarcar sozinho em seus processos. Nesse momento, o que quer que ele experimente em termos de aprendizagem para essa responsabilidade é o que vai determinar o quanto ele vai envolver-se em tempos futuros.
Se esse momento tiver sido positivo, aí virão as referências de cobranças de determinação e de envolvimento, por que devem nortear-se os caminhos de aprendizagens do aluno. Determinação e envolvimento serão os pressupostos fundamentais da responsabilidade de quem quer aprender algo. O aluno deve entender que, somado aos esforços da família e da escola, precisa contribuir com sua vontade de aprender algo. E que, enquanto não puder conduzir-se tão somente pelas especificidades do que quer aprender, terá que perceber a importância dos aspectos gerais dos saberes - cabe à Escola e à Família deixar claro para ele o quão essa generalidade poderá contribuir para sua evolução (pessoal, social, profissional etc.).
Quando compreende sua responsabilidade - tão bem exercitada nos tempos de imaturidade - nas variáveis de aprendizagem, o aluno passa e enxergar por uma ótica mais positiva e transforma-se em colaborador das estratégias de evolução.

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