segunda-feira, 27 de abril de 2015

O Educador como Referência

No processo de desenvolvimento pessoal, buscamos sempre algumas referências para nos moldar os caminhos em nossa evolução. A propósito das variáveis educacionais, via de regra tomamos como modelo algum professor - ou alguns. Suas atitudes, a forma como conduz as aulas, a maneira como resolve os inevitáveis conflitos, sua postura frente às variáveis de sua disciplina, sua relação com os outros professores e com outros agentes da Escola, as atitudes e respeito frente à aquisição de outros saberes... enfim, todas as dimensões que perfazem as características dos professores servem como espelho na formação dos alunos.
Ao eleger, consciente ou inconscientemente, o professor (ou professores) que lhe servirá de inspiração para a sua evolução (social, pessoal, profissional, intelectual etc), o aluno passa a copiar, também consciente ou inconscientemente, os pressupostos daquele professor. E o processo é tão sério, que essa modelagem vai acompanhar o aluno pela vida afora, durante seu desenvolvimento. Claro que não é só relacionado aos professores; na verdade, a modelagem vai se referir a vários outros adultos com quem a pessoa for se relacionando ao longo de seus caminhos (pais, chefes e amigos também se incluem nessa lista).
O que é importante para os professores é que, ao tomarem consciência desse processo, possivelmente passem a cuidar, também, da sua referência subjetiva modelar. Quando eu sei que alguém pode querer se espelhar em mim, posso, no exercício da responsabilidade que minha profissão exige, aprimorar essa ou aquela minha referência positiva, mesmo que ela não vá influenciar ninguém.
Quando falamos de alguém inspirador ou de algum líder que influenciou seguidores, estamos falando, exatamente, dessa questão. As atitudes e posturas de uns influenciam as posturas e atitudes de outros. Ao Educador, exatamente por seu trabalho - o de propiciar processos de desenvolvimento do ser humano - sobra-lhe uma responsabilidade muito grande, que transcende os limites técnicos de trabalho com sua disciplina, a de supostamente servir de espelho para a formação de um caráter e de uma inteligência.
Então, que saibamos lidar com essa responsabilidade, não como um fardo, mas como um complemento de dimensão altamente significativa da profissão de ser Educador.

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