Por algum tempo, fui testemunha de o quanto a palavra "intelectual" ganhava dimensões com sentido estritamente pejorativo. Parecia que ser intelectual denotava algum tipo de doença, quase sempre contagiosa, em relação a qual precisávamos manter distância.
Estava folheando a Revista Presença Pedagógica (da mineira Editora Dimensão - v.21 - nº 122 - mar/abr 2015, pp. 24-29), quando deparei com o artigo "Professor estrategista e intelectual", da Dra. Aleluia Heringer Lisboa Teixeira (Universidade Federal de Minas Gerais).
Desbravando-se por apresentar importantes conceitos teóricos que relacionem as ideias de estrategistas e intelectuais, no processo de formação dos professores, a eminente Doutora, no artigo, faz uma pergunta interessante: "Quais as qualidades presentes em um professor estrategista que nos levariam a também a associá-los a um intelectual?". O estrategista, explica a autora, é aquele que detém "competências para propor ações que desafiem ou possibilitem o desenvolvimento das operações mentais dos estudantes"; o intelectual, em síntese, é aquele que "se aproxima das características do filósofo, no sentido daquele que é autor, protagonista, que pensa sobre os conceitos de sua área e consegue articulá-los com os outros conhecimentos e com a realidade onde está inserido".
As tantas aspas por aí acima foram para preservar a originalidade do que está no belo artigo. Cabe a nós apurarmos a reflexão das nossas ações nos espaços pedagógicos, em que se pretende o alcance das variáveis de desenvolvimento.
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