Lembrei-me de um vídeo a que assisti, já há algum tempo, que versava sobre os bastidores de treinamento artístico do Cirque du Soleil. Lá pelas tantas, quando o assunto tangenciou a questão do trabalho em equipe e da confiança, um dos artistas comentou: "Eu não preciso pensar no que ele está fazendo. Nem ele precisa pensar no que eu estou fazendo. Nós, simplesmente, sabemos o que o outro está fazendo.".
Assim, penso, deve ser a consciência de coletividade. Quando há algo que deva ser feito em equipe, é necessário que a soma de esforços, de competências e de habilidades seja algo tão natural e integrado, que não se precise pensar no que o outro está fazendo. Sabemos, definitivamente, o que o outro está fazendo.
O pressuposto dessa intenção é o da integração. Uma equipe precisar estar a tal ponto integrada, que cada um dos esforços individuais saiba do outro; que cada um dos indivíduos saiba exatamente o que o outro pode e é capaz de fazer. Que, além das competências e habilidades, também os limites individuais sejam claros e conhecidos.
Para isso, é preciso tornar cada vez mais primorosos os exercícios do olhar e da comunicação. Enxergar o outro e as suas demandas deve ser competência básica de um trabalho de equipe. Aprender-se a comunicar, estabelecendo práticas objetivas de leituras, é outro caminho da formação.
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