Acabo de ler um depoimento da atriz e cantora Alessandra Verney sobre seu relacionamento de trabalho com o ator, diretor, dramaturgo e incansável Miguel Falabella (Jornal Folha de S. Paulo - Caderno Ilustríssima, 09/abril/2017, Pág. 9). Alessandra nos apresenta uma história de um trabalho teatral dirigido e protagonizado por Falabella que, na sua fala, na estreia, tinha tudo para dar errado (pouco tempo de ensaio e outros fatores). Em sua narração, na sua primeira cena, temerosa do caos que imaginava vir adiante, sua personagem encontra a de Miguel Falabella, que a cumprimenta com um aperto de mão e diz o texto. A atriz conta que aquele aperto de mão e a presença do ator retirou toda sua ansiedade e conduziu o trabalho ao sucesso daquela estreia. Quando estavam comemorando aquele resultado, ela contou a Falabella seus temores e que viu naquele cumprimento a presença de Deus. O consagrado artista rebateu, humorado: "Não, meu amor. O que você viu foi autoridade cênica".
Em nossos caminhos de desenvolvimento pessoal, seja em situação de liderança ou de liderado, é preciso que saibamos exercitar esse conceito de autoridade profissional a que se referiu Miguel Falabella naquele contexto. Ora, a pessoa está segura do que é e do que representa naquele trabalho; sabe que sua atitude e seu comportamento pode influenciar o grupo com que se relaciona; e, mais precioso ainda, sabe que essa questão toda vai representar os caminhos que o trabalho vai tomar. Se houver uma variável negativa do desenvolvimento do trabalho, a elaboração vai por água abaixo; se se coloca uma questão mental positiva às realizações, a chance de positividade aumenta. É simples a leitura: deve-se acreditar no que está fazendo, quando o que se está fazendo está imbuído de responsabilidade, de honestidade e de determinação de provocar uma transformação positiva, por mínimo que seja, nas pessoas que serão atingidas por aquele trabalho.
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