Na madrugada deste domingo, dia 30 de abril, Belchior, que já andava recluso, deixou-nos de vez. O cantor e compositor cearense, dono de um cancioneiro fantástico, talvez desconhecido do público mais jovem, é autor de letras que nos fazem pensar bastante. Grande parte delas faz referência ao ideal da mudança ou do descontentamento ao que nos acomoda.
É exemplo dessa lista a interessante Velha Roupa Colorida, do disco Alucinação, de 1976, que traz um mote a ser debatido constante: "E precisamos todos rejuvenescer..."; ou o verso, a meu ver, bastante emblemático: "... e o passado é uma roupa que não nos serve mais...". (Se não conhece a música, dê uma olhada nesse link).
A ideia de mudança, como na letra da música, não fala apenas à questão do espaço físico. É preciso buscar uma mudança de atitudes, de ideias, de crenças. Há todo um dinamismo no mundo, principalmente no campo das ideias, que pede esse rejuvenescimento, essa renovação de princípios. E precisamos estar antenados a essa necessidade de renovação, para que não vistamos a mesma velha roupa. E, sobretudo, é preciso que estejamos atentos aos sinais dessa mudança. Lá na música, Belchior alerta-nos: "Você não sente, nem vê, mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo, que uma nova mudança em breve vai acontecer...".
Precisamos mesmo todos rejuvenescer!
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