segunda-feira, 28 de maio de 2018

Informação

A situação que estamos atravessando, por essas terras, desde a semana passada, da paralisação dos caminhoneiros, tem muito a nos ensinar. Mas não vou ficar nas questões da consciência social e política, embora elas sejam muito importantes.
O que gostaria de usar como pretexto para as nossas reflexões é o problema da informação. Em ocasiões como essa, em que necessitamos de informações apuradas, é comum ficarmos em um largo de notícias nem sempre confiáveis. Vale dizer que, como a situação reflete um viés político, vão surgir analistas posicionando-se contra e a favor do movimento... E que nesse posicionamento, as informações virão sempre contagiadas desse direcionamento.
É importante que tenhamos um pouco de disposição para apurar tudo o que nos chega, senão incorremos em vítimas de manipulação de notícias.
Somos, ainda, bombardeados, nestes tempos, por um outro fenômeno bastante impactante nesta questão: a transmissão de fatos via comunicadores de mensagens (bastante populares entre os mais diversos grupos). De uma maneira geral, o cenário é muito comum: informações engraçadinhas ou sensacionalistas perfazem, em grande monta, a quantidade das notícias que nos chegam.
A ideia de trabalhar as informações com responsabilidade é o pressuposto de uma qualidade no conhecimento geral do problema. Então, são, fundamentalmente, dois movimentos: um, filtrar as notícias que chegam; outro, adotar uma postura responsável de transmitir os fatos.
Do primeiro lado, há todo um esforço a ser visto. Receber as notícias e apurá-las, conforme o senso de conhecimento que se adquiriu ao longo dos caminhos. Aqui, há o mesmo movimento de busca de aprendizagem: exercitar o viés científico diante das hipóteses estudadas. Percebamos, também, que, nessa correlação, o fato da dúvida é o início do caminho para as descobertas.
Nesse caminho, ao duvidarmos do que nos chegam, obrigamo-nos às trilhas da pesquisa e do estudo... É como se verifica qualquer conhecimento. Quando nos dispomos às pesquisas e aos estudos de um fato qualquer, conseguimos chegar à profundidade do saber.
Do segundo lado, a correlação é feita com o ato de ensinar. Ao transmitir um fato qualquer, devo postar-me com seriedade e responsabilidade, bases essenciais para configurar-se a transmissão de um saber.
O trabalho com a informação, assim, é a ilustração perfeita dos processos de ensino e aprendizagem ideais: apurar as informações que nos chegam e sermos responsáveis por sua transmissão são os fundamentos principais da consciência cidadã.

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