Quem acompanha as tiras do Armandinho, criação de Alexandre Beck, conhece a sensibilidade e as sacadas para reflexões as mais diversas vindas dali. Se você não conhece, clique aqui para ter uma ideia das aventuras do Armandinho...
Em uma de suas publicações recentes (veja aqui), Armandinho está envolvido em uma construção que parece vir a ser um muro. No final, entretanto, ele diz que o melhor não é construir muros e, sim, pontes. E é genial na mais óbvia das metáforas: o muro separa, a ponte aproxima, conecta.
O que é desolador, a partir da constatação da obviedade da metáfora, é que nós, agentes dos processos de desenvolvimento pessoal, se fizermos um balanço de nossas atuações, vamos perceber o quanto de muros construímos em nossas relações. É até compreensível: a construção do muro encerra-se nela mesma; a construção de pontes exige a necessidade de constantes reaproximações e do exercício trabalhoso de convivência.
A convivência é um pressuposto que demanda cuidados e releituras de ações e de comportamentos, os quais, na conceituação do ser humano moderno, acabam constituindo dificuldades de posicionamentos. Entretanto, e a felicidade do Armandinho em propor a construção de pontes ajuda-nos nessa leitura, o exercício de convivência ainda é o melhor remédio para a definição de uma humanidade mais saudável.
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