terça-feira, 1 de setembro de 2015

Anotações - O brincar

Não sei se você assistiu ao documentário "O Território do Brincar", em que se demonstram as relações de crianças dos quatro cantos do Brasil com a prática do brincar. É um documentário fantástico; quem trabalha com crianças, ou interessa-se pelo universo infantil, é recomendação sem pestanejar. Para acessar a página de trabalho relacionada ao documentário e a outros estudos do grupo, clique aqui.
Além das variáveis apontadas no documentário, a ideia de brincar vira e mexe volta à baila para nossa reflexão, sobretudo nas questões a propósito do lúdico nos contextos pedagógicos.
Brincar, como referência infantil, não guarda, obrigatoriamente, demandas relacionadas com aprendizagens contextualizadas nos espaços pedagógicos. A criança brinca, principalmente, por diversão e por satisfação emocional... é gostoso brincar, pronto! A criança não teoriza o brincar.
O que nós, educadores reflexivos, podemos aproveitar desse universo infantil é o manancial de experiências enriquecedoras para o desenvolvimento pessoal que a brincadeira proporciona.
Ao brincar, a criança experimenta uma série de sensações e de exercícios sócio-emocionais, que vão proporcionar ferramentas mais eficientes e produtivas para os caminhos de seu desenvolvimento (social, afetivo, motor etc.). Mas, repetindo, a criança não teoriza o brincar. Ela brinca, só isso!
Ao compreendermos o brincar como pressuposto rico de subsídios, assumimos essa responsabilidade de teorizar sobre o assunto, estudando-o com afinco, como fazemos com qualquer objeto de ciência e de pesquisa. E passamos a enxergar melhor as porções de positividade que existem na prática das brincadeiras.
Daí, podemos partir para ações, que não só garantam o direito da criança de brincar, mas que permitam a instalação de espaços e tempos facultadores do universo lúdico nas trilhas do desenvolvimento pessoal.

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