Todos os processos e variáveis que se verificarem nos espaços escolares, pontuados pelas referências de natureza pedagógica, devem ter a característica de provocar certa dimensão transformadora. A ideia é a de transformar as pessoas para transformar as realidades.
Paulo Freire já havia nos ensinado que a educação é consubstanciada em um exercício de consciência social e política, quase como uma referência de subversão aplicada. Subversão da ordem instaurada para criar uma outra ordem. Transformação.
Professores e alunos - agentes principais da atmosfera pedagógica - devem ser atores e pacientes dessa visão: ambos precisam entender-se como seres que vão propiciar e receber as instâncias do caminho de transformação.
Transformar-se é buscar uma nova forma; é criar uma nova forma. Uma invenção que reforma o que já não dá mais certo. Transformar-se é buscar acertar.
E nesse processo, a reformulação das estratégias que vêm sendo usadas é o maior caminho. A reformulação, do que vem sendo aplicado em nome do comodismo e da segurança dos caminhos conhecidos, precisa ser levada a sério. É preciso andar por caminhos novos.
A busca de uma educação transformadora vai exigir um pouco de todos nós. Sobretudo, a saída dessa zona de conforto em que nos metemos, crentes de que isso seria bom. Quando nos encostamos em alguma zona de conforto, na medida das coisas, é porque estamos cansados... por isso ou porque não temos visão de alternativas. A questão é que a zona de conforto não nos deixa caminhos de evolução, na razão em que tudo já está experimentado e gasto.
A educação precisa caminhar por trilhas de aventuras. Aventuras responsáveis, mas aventuras... Em que todos descubram-se desbravadores de conhecimentos. Precisamos dessa motivação: desbravar conhecimentos. Seguramente, nossos olhos brilharão mais energizados e nosso corpo despertará para reluzentes descobertas.
O que é alentador nessa poesia toda é que professores e alunos, como seres humanos que são, estão dotados das mais eficientes ferramentas buscadoras daquela intenção. O ser humano, em sua compleição fundamental, está pleno das competências e habilidades transformadoras, aquelas que subvertem as ordens inertes. O que aconteceu foi que, por razões das mais variadas, deixamos nossa plenitude escorada em escusos portos dos nossos cansaços físicos e morais... Se foi assim, precisamos despertar!
A busca de uma educação transformadora é o pressuposto da subversão consciente que nos faz maiores e melhores.
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