O que mais se percebe na apreensão das leituras que chegam é a anunciação insistente da crise que estamos atravessando. Crise política, crise financeira, crise moral, crise ética, enfim, é crise para todos os gostos.
Do ponto de vista do empreendedorismo e da busca de uma visão realista do mundo, a ideia de crise não parece de todo negativa. Desde que o mundo é mundo, o indivíduo foi obrigado a enfrentar as mais diversas crises, além daquelas ditas acima, em um moto contínuo de resistência e de determinação. Enfrentou precariedade de alimentação, de moradia, de emprego, de dinheiro etc. Em nome dessa precariedade - e da necessidade de subsistência -, inventou um sem número de alternativas que o alentaram dos males das crises. Foi em função das dificuldades que enfrentou, que o sujeito realizou travessias fantásticas. E vai ser sempre assim - é um moto contínuo, não nos esqueçamos. Exatamente como o simbolismo de nosso desenvolvimento, expresso em um gráfico de altos e baixos, que rejeita o comodismo dos patamares médios de existência.
E aí vêm essas leituras propagando um clima de catastrofismo (talvez a palavra nem exista, mas seu significado, sim), impondo-nos uma justificativa subliminar à falta de nossas tentativas ("eu bem queria tentar, mas estamos em tempo de crise..."; "...não vai dar certo, porque estamos em crise..."; e por aí vai.).
Que possamos rejeitar essa ideia! O sucesso ou o fracasso de nossas empreitadas serão resultados das múltiplas e estudadas tentativas que impormos aos nossos planos. E, sobretudo, tanto o sucesso quanto o fracasso não serão eternos, eles demandam sempre revisões de estratégias.
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