Mais uma vez, encontrei, entre anotações perdidas, a referência de uma frase, que, penso, devo ter retirado de uma palestra a que assisti: "Cada um é um adulto responsável formado pela esperança aberta pela criança que foi...". Não me lembro mais do tema, nem das circunstâncias, dessa referência, mas a ideia é companheira de minhas reflexões já há bastante tempo. Buscar a clareza de significado das variáveis da infância no processo de desenvolvimento humano é um dos meus maiores tópicos.
A ideia de criança, arquetípica ou não, é a de um tempo em que todas as experimentações, fundamentadas na curiosidade, na criatividade e nas variáveis de integração social, levam aos mais verdadeiros quesitos de sustentação de um adulto melhor.
Nesse sentido, nós, os que trabalhamos com a infância real, podemos retirar da frase alguns pressupostos de encaminhamentos de reflexão. O principal deles é o de que somos responsáveis pelo desenvolvimento da esperança na formação das crianças. E abrir esperanças exige de nós uma visão elaborada dos processos de desenvolvimento, aliada ao pensamento constante de o quanto a realidade externa influencia os relacionamentos de progresso dessas crianças.
Abrir esperanças e enxergar a realidade, eis os fundamentos imprescindíveis a serem acrescentados na longa lista de competências para a Educação.
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