segunda-feira, 7 de março de 2016

É preciso sonhar com os olhos bem abertos - parte 2

O tema do sonho, como metáfora dos desejos a serem alcançados, sempre foi assunto por aqui, nesses caminhos. Acredito na ideia de alimentarmos os desejos do que queremos, adicionada a todo o processo de formação e de experiência por que passamos, no caminho de busca das realizações. Eis a razão que me leva a retomar a reflexão, iniciada já há algum tempo (veja aqui a reflexão que considero a primeira parte desses pensamentos).
Naquela publicação, chamei a atenção para a a variável de mantermos os olhos bem abertos na perspectiva dos nossos sonhos. De início, tentei criar uma figura poética - o sonho é o pressuposto de estarmos dormindo... dormimos de olhos fechados. E eu queria que sonhássemos com os olhos abertos... Bom, acho que você entendeu.
Manter os olhos (bem!) abertos também se configurava uma figura de expressão - estar conectado, prestar atenção em tudo, observar as nuances que estão ao seu redor, e por aí vai. Só os olhos bem abertos captam as diversidades de estímulos e sensações que estão ao nosso redor... Sim, estão! É preciso ter o senso de percepção bem treinado e desperto para captar e identificar esses estímulos.
Sonhar algo é querer algo. Mas esse algo, na maioria das vezes, não nos aparece de forma clara e estampada... é preciso traduzir e embrenhar-se nas obscuridades do que se faz necessária e elaborada percepção. Tem que estar de olhos bem abertos!
Vencida a referência do enxergar, o passo seguinte é o de estar plenamente capacitado para absorver e sorver os ditames daquela percepção. Você precisar ter constituído um manancial de experiências positivas sobre as aprendizagens pelas quais passou. Neste momento, toda a sua vivência de formação - seja ela em que instância se deu - será de suma importância para entregar-se à realização de seus sonhos. E não se toma consciência do processo de formação com os olhos fechados, desatento aos espaços etéreos de variáveis que me cercam. É preciso sonhar com os olhos bem abertos; extremamente abertos, aliás.
É cansaço puro, acredite. Alguém já disse que seria mais fácil desistir, o que é uma verdade absurda. O problema é que a desistência lhe leva para trás no bonde da história.
Buscar o alcance dos sonhos e dos desejos é o mais satisfatório e feliz exercício de desgaste pleno a que podemos nos submeter. Essa é a síntese do nosso desenvolvimento, da nossa evolução pessoal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário