quinta-feira, 2 de junho de 2016

Anotações - Ensinar e aprender

Nos caminhos da Educação, as ideias de ensinar e aprender são referendadas, às vezes, como integradas. Claro que elas se confundem nas estratégias e objetivos de um planejamento mínimo de trabalho pedagógico, haja vista que são complementares. Mas só isso, na minha opinião, complementares. Cabe ao professor observar e aplicar estratégias de ensino a um determinado tópico que ele, ou o sistema, julguem pertinentes ao desenvolvimento do aluno. Mas não para aí: é preciso que se verifique em que medidas essas estratégias possibilitaram a real aprendizagem.
É aqui que entram os processos de avaliação e suas análises de confiabilidade e de prática quanto à verificação das aprendizagens.
Sobrepondo-se a essa questão técnica, há uma reflexão filosófica, que, penso, vale a pena debruçar-se um pouco. Em termos de importância, a ideia de aprendizagem está acima da de ensino. Ensinar não deveria ser o mais importante; aprender, sim.
Como toda reflexão filosófica, não é uma variável simples de se elaborar. Como ensino e aprendizagem são complementares - uma existe em função da outra -, não se pode simplesmente propagar essa comparação de importância. O que, talvez, ressalte-se como ideia é que sem a aprendizagem - ou, melhor, a verificação dela -, não se pode falar em ensino.
Antes de encerrar, deixe-me dizer o que me motivou essas anotações. Encontrei-me com um querido amigo dias desses e, no meio das conversas a serem atualizadas, dissemos dos nossos tempos de professores colegas. E foi aí que soltamos a máxima: "Nós não estávamos preocupados em ensinar... estávamos preocupados com que os alunos aprendessem...".

(Ao amigo Antonio Cesar Leme que, embora prefira o frio ao sol, é uma pessoa boa e essencial...)

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